Entenda o caso: O investigado foi casado com uma mulher, usuária de drogas, e com ela teve uma filha. Acontece que essa mulher possui outra filha, advinda de outro relacionamento.
O casamento entre ambos não prosperou e se separaram. Acontece que sempre que o investigado visitava a filha, a enteada acompanhava, pernoitando também na casa dele.
Foi levantado pela Polícia Civil de Ivinhema que o investigado abusava sexualmente da enteada, inclusive com o uso de sedativos.
O investigado foi preso preventivamente no dia 23 de janeiro deste ano e colocado em liberdade assistida (monitoramento eletrônico), na data de 26/03/2020.
Após a acusação de estupro, o poder familiar e o direito de visitas do investigado e da genitora às duas crianças foram suspensos por decisão judicial. A guarda das crianças foi concedida judicialmente à avó materna.
O investigado acabou por reatar o relacionamento com a ex-esposa. Acontece que na ultima segunda-feira (24/08) a mãe das crianças foi até a casa aonde elas estavam e subtraiu uma das crianças (a filha do investigado, de 4 anos de idade). A mulher segurou a criança pelo braço e saiu em disparada, adentrando um veículo e saindo ligeiramente do local. A avó (guardiã das crianças), não conseguiu evitar, tendo em seguida, acionado as Autoridades.
A Polícia Civil obteve a informação de que a mulher e o investigado agiam em conjunto, para levar a criança para outro Estado do país.
Os policiais Ageomarq e Marcos passaram, então, a diligenciar para encontrar a criança tendo obtido a informação de que as crianças, a mãe e o investigado estariam já em Deodápolis - MS.
Enquanto os dois policiais rapidamente partiram para aquela cidade, uma outra equipe (composta pelos policiais Elizangela, Diego e a Delegada Gabriela) continuou em Ivinhema colhendo informações a respeito do paradeiro da criança.
Em Deodápolis, com êxito, o investigado foi encontrado e abordado, mas disse que não sabia de nada, muito menos aonde estaria a criança e a mãe. Acrescentou que há muito tempo não via a mãe da criança, dando a entender que não mantinham relacionamento.
Porém, a versão contada pelo investigado não colou. A Polícia colheu elementos que indicavam que o investigado havia reatado o relacionamento amoroso com a ex-mulher, restando verificado que ele havia concorrido para a subtração da criança. Então, ele mudou a versão e passou a afirmar que estava mantendo contato com a genitora da menina, há dois dias.
Diante da situação, considerando que restou demonstrada a participação no crime, o investigado foi informado que seria conduzido à Delegacia de Polícia, uma vez que estava em situação de flagrante.
Entretanto, ele ofereceu resistência e investiu fisicamente contra o policial Ageomarq, tendo resultado no policial uma lesão no braço direito. O investigado foi contido, conduzido para a Delegacia de Ivinhema e preso em flagrante pelos crimes de resistência e por subtração de criança ou adolescente de quem o tem sob sua guarda.
Depois da privação da liberdade do investigado, a genitora das crianças ficou sem ter condições de continuar com o plano de fuga, uma vez que era ele o detentor dos meios necessários para a concretização do plano, então, ela deixou a criança na residência da avó e tomou destino incerto.
O homem, que já responde judicialmente pelo crime de estupro de vulnerável, responderá também, pelos crimes de resistência (pena de detenção de até 2 anos) e subtração de criança ou adolescente de quem o tem sob sua guarda (pena de reclusão que pode chegar até a 6 anos, mais multa).
A prisão em flagrante do investigado foi convertida em preventiva pelo Juízo da 1ª Vara Cível e Criminal de Ivinhema.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.