Ivinhema - Tratorista acusado de matar segurança de Nova Andradina será julgado por júri popular

Decisão foi tomada pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches e o réu permanecerá preso enquanto o processo tramita

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O tratorista José Edilson da Silva Cordeiro, de 44 anos - Foto: Arquivo/Jornal da Nova

O tratorista José Edilson da Silva Cordeiro, de 44 anos, preso pela confissão de ter matado o segurança Vitor Hugo Branquinho Camargo, de 25 anos, no dia 11 de novembro de 2023, na praça de eventos de Ivinhema, enfrentará um júri popular. A decisão de pronúncia foi tomada pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches. 

A data do julgamento ainda será marcada. Segurança foi morto a tiros durante a festa de aniversário de 60 anos, na Praça de Eventos, em Ivinhema. 

Segundo a acusação, José Edilson disparou quatro vezes contra a vítima por motivo fútil e utilizando um recurso que dificultou a defesa de Camargo. O réu admitiu a autoria dos disparos tanto na Delegacia de Polícia quanto em juízo. Ele alegou que possuía a arma ilegalmente há mais de dez anos e que a usava frequentemente no trabalho.

Enquanto o processo tramita, José Edilson permanecerá preso, conforme decisão do magistrado. Ele pode recorrer ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) para tentar evitar o júri popular através de sua defesa.

Vitor era casado e trabalhava como entregador em um período em uma empresa de gás e água e a noite era caixa na conveniência da mesma empresa gás em Nova Andradina. Segundo o pai de Vitor, ele estava fazendo bico na empresa de segurança. "Estava juntando grana para arrumar o carro dele que tinha pegado fogo recentemente", lembrou.

O rapaz ainda era esportista, jogava vôlei e estava realizando o sonho de cursar educação física. "Sonho dele era ser professor de educação física, mexer com esporte, abandonou o curso de direito para ser professor de educação física", afirmou o pai, dizendo ainda que ele foi tri campeão de xadrez na escola durante a juventude e tinha como hobby pescar.

Vitor foi morto com três tiros pelas costas, sem chance de defesa e ainda por cima, morto por engano ao ser confundido com outro segurança da festa com quem o autor teria se desentendido momentos antes.

"O cara tinha um coração maior que ele. Era muito conhecido aqui na cidade. No velório dele que conheci a maioria de seus amigos e ouvi um pouco de cada um. Em 2017 serviu o exército onde preservou várias amizades, inclusive teve amigos no velório dele, de outra cidade", relembrou.

Homenagens

A esposa de Vitor publicou uma foto com o marido e relembrou o início da relação e agradeceu o tempo viveu ao lado dele. "Eu tive a oportunidade de viver 3 anos ao seu lado e foram os mais felizes 3 anos da minha vida, aprendi tanto com você, conheci tantas coisas com você, você quem me ensinou a pescar, eu nunca gostei, mas com você era tudo diferente, você sempre fazia tudo ficar feliz… Estou procurando forças para poder seguir, pois sei que de onde você estiver é isso que me deseja, obrigada por tudo meu amor, vou te amar até o fim", escreveu nas redes sociais.

"Ele era uma pessoa incrível, um aluno inesquecível', comentou Thais Bernardes.

"Sou grato por tudo que fez para mim meu irmão, conselhos, brincadeiras, rolês, momentos, você desde e sempre foi um grande irmão, eu te amo muito pelo resto de minha vida, vou lembrar de ti meu amigo, que o senhor possa te acolher de braços abertos, um pedaço de mim está indo com você", publicou Vinicius Fernando.

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O segurança Vitor Hugo era morador da cidade de Nova Andradina (Foto: Reprodução)

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