O ano de 2024 recém começou, mas já podemos identificar que com ele há uma mudança no calendário: o ano bissexto. Isso significa que o ano de 2024 terá um dia a mais no calendário, chamado de dia bissexto, adicionado ao mês de fevereiro.
O objetivo desse dia a mais no ano seria o de ajustar o calendário ao ano solar, ou seja, ajustar o ‘cronograma’ do planeta, visto que, os anos não possuem exatamente 365 dias, então é preciso compensar a diferença entre o ano solar e o ano civil colocando um dia a mais no calendário, a cada quatro anos. Além disso, também é preciso manter o calendário anual ajustado com a translação da Terra e com os eventos relacionados às estações do ano.
Sem esse ajuste, haveria uma derivação ao longo do tempo, com as estações ocorrendo em momentos diferentes do ano. Esse ajuste tem implicações na contagem total de dias no ano e pode afetar questões como o cálculo de juros, o planejamento de eventos anuais e outros aspectos relacionados ao tempo.
Mas quem inventou?
Conforme Lorraine Vilela, do portal Brasil Escola, o ano bissexto foi introduzido no calendário pelo imperador romano Júlio César, em 45 a.C, no calendário Juliano, que incorporou o conceito para ajustar o ano civil ao ano solar.
“O calendário juliano dividiu os 365 dias em 12 meses e, por não ser uma divisão exata, alguns meses ficaram com 30 dias e outros com 31. Algumas regras definidas pela Astronomia foram adotadas, como cada mês abranger as quatro fases da Lua”.
Já em 1582, o papa Gregório XIII refinou o conceito do calendário juliano e introduziu o calendário gregoriano, que utilizamos até hoje. O calendário Gregoriano ajustou o as regras para os anos bissextos, e corrigiu o calendário juliano mudando as datas adicionais para o dia 29 de fevereiro.
O calendário define que uma rotação completa da Terra em torno de seu eixo corresponde a um dia, e uma volta da terra ao redor do Sol equivale a um ano. Entretanto, devido a Terra levar mais de um ano para completar sua órbita ao redor do Sol, foi preciso ajustes.
Então o o tempo que ‘sobra’ (exatamente 5 horas, 48 minutos e 46 segundos), foi acumulado ao longo de quatro anos, consolidando o ano bissexto.
O que muda?
Na vida cotidiana das pessoas, o dia bissexto geralmente não causa mudanças significativas ou perceptíveis. A adição de um dia extra a cada quatro anos é um ajuste gradual no calendário para manter a sincronia com o ano solar, mas para a maioria das pessoas, o impacto direto é limitado. No entanto, aqui estão algumas maneiras pelas quais o dia bissexto pode ter algum efeito:
Aniversários e Eventos: Pessoas nascidas em um dia bissexto geralmente celebram seus aniversários no dia 28 de fevereiro ou no dia 1º de março em anos não bissextos. O mesmo ocorre com outros eventos que são tradicionalmente comemorados em uma data específica.
Contratos e Prazos: Em termos legais e de contratos, os anos bissextos podem afetar prazos e vencimentos que são calculados em anos. Por exemplo, se um contrato tem uma duração de “um ano”, a contagem de dias reais pode variar um pouco em um ano bissexto.
Planejamento de Eventos: Algumas programações anuais ou eventos que dependem do calendário, como feriados religiosos ou feriados nacionais, podem ser ajustadas para levar em conta o dia extra em anos bissextos.
Calendários e Aplicações: Aplicações e dispositivos que lidam com calendários e datas podem precisar de ajustes para lidar com o dia extra em anos bissextos. A lógica de programação para cálculos de datas pode ser afetada.
Curiosidades e Datas Especiais: O dia bissexto em si pode ser motivo de curiosidade e até mesmo de celebração para algumas pessoas. Algumas tradições culturais ou religiosas podem ter práticas específicas associadas a anos bissextos.
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