Laboratório na fronteira produzia maconha 20 vezes mais forte que droga comum

Plantas geneticamente modificadas eram cultivadas em povoado paraguaio na fronteira com MS

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 Cada quilo dessa droga modificada custa até 2 mil dólares no mercado brasileiro.

Funcionava na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul o maior laboratório de maconha modificada geneticamente já descoberto no país vizinho. O centro de produção de variedades até 20 vezes mais potentes que a droga comum foi descoberto nesta quinta-feira (10) por equipes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) nos arredores do povoado Sargento José Félix López, a 11 km do município de Caracol.

O acampamento em área de mata na Colônia Maraney tinha gerador de energia, poço artesiano e sistema de irrigação para cultivo da planta, estufas e laboratórios improvisados para processamento de versões conhecidas como skunk, haxixe (maconha marroquina) e “maconha exótica”.

A operação foi desencadeada pelo Departamento de Investigação contra o Crime Organizado da Senad, chefiada pelo promotor de luta contra o narcotráfico Arnaldo Argüello. “A Operação Maraney destruiu o maior laboratório clandestino de maconha geneticamente modificada já descoberto em território paraguaio”, afirma a Senad.

Foram destruídos 16 acampamentos improvisados e 10 hectares de cultivos de maconha altamente potente, modificada em laboratório para alcançar até 70% de THC (tetrahidrocanabinol), principal substância psicoativa da cannabis. A maconha comum possui concentração de THC de 2% a 4%.

Segundo informes do serviço de inteligência da Senad, o centro de produção da “supermaconha” contava com assessoramento técnico estrangeiro, principalmente da Colômbia. Cada quilo dessa droga modificada custa até 2 mil dólares no mercado brasileiro.

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