Mulher encontrada em poço foi incendiada após discutir com namorado

Corpo de Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi parcialmente carbonizado no fim da tarde de sábado

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Perito faz a retirada do corpo de Giseli. (Foto: Juliano Almeida).

A morte de Giseli Cristina Oliskowiski, aos 40 anos, pode ter sido motivado por uma discussão com o então namorado da vítima, Jeferson Nunes Ramos, de acordo com a investigação preliminar da polícia. O crime, ocorrido no fim da tarde deste sábado (1º), em Campo Grande, foi classificado como feminicídio e se tornou o sexto caso do tipo em 2025 no estado.

Conforme o boletim da ocorrência obtido pela reportagem, o casal se desentendeu em uma residência localizada na Rua Filipinas, Bairro Aero Rancho. Ao chegar ao local, a guarnição do 10º Batalhão da Polícia Militar encontrou o autor já contido por populares.

Sobrinhos do autor que estavam no local disseram à polícia que Jeferson confessou a agressão, desencadeada após uma discussão com Giseli, que o teria agredido com três tapas no rosto. Em resposta ao ato, ele jogou uma pedra na cabeça da vítima. Desacordada, a mulher foi colocada em uma espécie de poço desativado e teve o corpo queimado. A dinâmica dos fatos subsequentes, assim como o combustível usado para criar as chamas não foram revelados. Testemunhas ainda disseram no documento que as brigas do casal eram cotidianas e que ambos seriam usuários de droga.

Quando a PM iniciou os trâmites da ocorrência, foi constatado que o corpo da vítima, ainda com sinais recentes do fogo, estava parcialmente carbonizado dentro da poço. O local foi isolado para a perícia criminal até a chegada da Polícia Civil.

A delegada Patrícia Peixoto Abranches, da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher) atendeu a ocorrência, acompanhada pela equipe do Corpo de Bombeiros, que auxiliou na retirada do corpo devido à dificuldade de acesso.

Por fim, o documento da ocorrência destaca que Jeferson foi levado à Deam, onde esteve algemado devido à resistência à prisão. O autor apresentou lesões superficiais nos pés, que alegou ter sido causadas por um trabalho.

O caso foi registrado como homicídio qualificado com emprego de fogo, tortura na forma tentada, violência doméstica e feminicídio.

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