‘Sensação horrível’: Mulher passa a noite em hospital com filhos após ser agredida a socos pelo marido

Vítima procurou a polícia e pediu medidas protetivas contra o marido

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Uma mulher, de 38 anos, passou a noite em uma Unidade de Pronto Atendimento após ser agredida a socos no rosto pelo marido, de 37, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. A agressão aconteceu no sábado (8) e ela procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na terça-feira (11) após ser ameaçada pelo homem.

Os dois, casados há 11 anos, têm dois filhos, sendo uma menina de 7 anos e um menino, de 3. A mulher contou que o marido usa drogas e ingere muita bebida alcoólica e acaba ficando alterado e agressivo nesses momentos.

Eles estavam em casa na manhã de sábado (8) quando o marido – muito agressivo devido ao uso de entorpecentes – desferiu vários socos no rosto da mulher, lhe causando lesões, segundo boletim de ocorrência. Ela pediu socorro aos vizinhos, mas não foi atendida.

“Eu gritei socorro, mas ninguém me acudiu. Eu gritava ‘me ajuda’ e nada”, desabafou!

Já por volta das 3 horas, o homem fez o uso de drogas novamente e começou a dirigir xingamentos à esposa e a ameaçou. “Sua p***, vou dar uma saída agora e na hora que retornar você vai ver o que é apanhar de verdade”, disse ele, conforme o relato da mulher aos policiais.

Com medo, ela saiu de casa com os filhos e foi até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde acabou dormindo nos bancos da própria unidade por não ter para onde ir.

Pela manhã, a vítima retornou para a residência para pegar os uniformes das crianças e poder levá-las para a escola, momento em que o marido determinou que ela entregasse as crianças para ele.

Em seguida, ela pegou as crianças e saiu correndo pela rua pedindo socorro, porém, o marido conseguiu pegar o filho menor e a mulher ficou apenas com a menina de 7 anos. Na delegacia, a vítima solicitou medidas protetivas de urgência contra o homem.

‘Sensação horrível’

À reportagem, a vítima disse como se sentiu ao precisar dormir nos bancos de uma UPA após o episódio de violência, por não ter para onde ‘correr’. “Sensação horrível, estando com dois filhos e pensando que ele poderia aparecer lá”, relatou ela, que não tem familiares em Campo Grande, visto que é natural do interior de São Paulo.

Ela ainda contou que nunca tinha sido agredida pelo marido durante o tempo em que conviviam juntos. Contudo, já ocorriam discussões sobre questões familiares e, segundo ela, isso teria desgastado a relação, somados ao uso de drogas e bebidas por parte do marido.

Após registrar os fatos na delegacia, ela foi com uma equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) até a residência onde morava com o marido e retirou os pertences. Entretanto, não pôde levar o filho, já que ele é pai da criança. Agora, ela irá buscar na Justiça a guarda do menino.

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