Dengue, Zika e Chikungunya: Mato Grosso do Sul totaliza quase 800 casos de arboviroses em 5 semanas

Doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti

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Em 5 semanas, MS contabiliza 742 casos de dengue, 14 de Zika e 40 de Chikungunya - Bruno Henrique

Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que Mato Grosso do Sul registrou 742 casos prováveis de Dengue, 14 de Zika e 40 de Chikungunya no período de 1º de janeiro a 3 de fevereiro de 2022.

Ao todo, existem 796 casos de arboviroses em Mato Grosso do Sul. Todas as doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

Dentre os casos confirmados de Dengue, 71 são de Campo Grande, 12 de Ponta Porã, 10 de Dourados, 4 de Maracaju, 4 de Caarapó, 4 de Maracaju, 3 de Aquidauana, 3 de Paranaíba, 3 de Bataguassu, entre outros municípios.

Todos os casos confirmados de Zika vírus são do município de Chapadão do Sul.

Com relação aos casos confirmados de Chikungunya, 14 são de Cassilândia, 13 de Chapadão do Sul, 2 de Nioaque, 1 de Angélica, 2 de Ivinhema, 2 de Dourados, 1 de Caarapó, entre outros municípios.

Nenhum óbito por Dengue, Zika e Chikungunya foi registrado em Mato Grosso do Sul no ano de 2022.

Homens (53,5%) se infectam mais com a Dengue do que mulheres (46,5%). Mulheres (50%) e homens (50%) se infectam igualmente com Zika vírus.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende afirma que a Dengue faz vítimas assim como a Covid-19.

“A comunidade deve estar atenta porque 80% dos reservatórios com proliferação estão nas casas das pessoas. Vamos aproveitar que as pessoas estão ficando em casa por conta da pandemia da Covid-19, para limpar o quintal e intensificar a guerra contra o mosquito'.

Dengue

A Dengue é uma arbovirose, doença febril aguda que pode evoluir para casos mais graves ou não.

Os sintomas da doença são febre, vômito, manchas avermelhadas no corpo, bem como dores abdominais, nos olhos, de cabeça e nas articulações. A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

O tratamento da Dengue é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. A hidratação é fundamental. Deve-se ingerir paracetamol ou dipirona em caso de dor.

Zika vírus

O Zika vírus é uma arbovirose que pode evoluir para casos graves, com sérios problemas neurológicos.

Bebês de gestantes infectadas com o Zika vírus podem desenvolver microcefalia, uma anormalidade em fetos e recém-nascidos, incluindo malformações congênitas.

Os sintomas da Zika são febre, dores de cabeça e nas articulações, olhos vermelhos e exantema pruriginoso. A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

O tratamento da Zika é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. Recomenda-se repouso, ingestão de líquidos, uso de paracetamol ou dipirona em caso de dor.

Gestantes com suspeita de Zika devem ser acompanhadas conforme protocolos vigentes para o pré-natal.

Chikungunya

A Chikungunya é uma arbovirose e pode evoluir em três fases: febril ou aguda, pós-aguda e crônica.

A fase aguda da doença tem duração de 5 a 14 dias. A fase pós-aguda tem duração de até 3 meses. Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se fase crônica.

Os sintomas da Chikungunya são febre, dor de cabeça e dores nas articulações. A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

O tratamento da Chikungunya é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. Recomenda-se ingestão de líquidos, de paracetamol ou dipirona em caso de dor.

Os anti-inflamatórios não esteroides e corticosteróides não devem ser utilizados na fase aguda da doença. O ácido acetilsalicílico também é contraindicado na fase aguda.

A enfermeira Nivea Lorena afirma que o tratamento da Dengue, Zika e Chikungunya é feito com medicamentos que aliviam sintomas, como analgésicos.

É recomendado que o paciente beba líquidos. O tratamento é realizado com líquidos intravenosos em hospitais.

O objetivo é amenizar dores e repor hidratação e fluídos perdidos durante vômito, sudorese ou sangramento.

Prevenção

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), é fundamental evitar deixar água parada em vasos de plantas, manter caixas d’água bem fechadas, eliminar acúmulo de água sobre a laje, manter garrafas e latas tampadas, fazer manutenção em piscinas, manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos e tampar ralos.

É importante que a população campo-grandense tenha consciência e faça sua parte para evitar focos do mosquito Aedes Aegypti.

O objetivo é eliminar criadouros do mosquito para diminuir número de casos, internações, mortes e proteger a saúde da população.

A assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) afirma ao Correio do Estado que a corporação apoia medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti.

“Realizamos todo fim de mês uma grande limpeza em todas as unidades operacionais. É uma atitude de apoio, uma ação interna que ocorre em todo o estado'.

Como estratégia de combate à Dengue, foi determinado que quem jogar lixo em áreas públicas corre o risco ser preso em Campo Grande, conforme noticiado pelo Correio do Estado.

O objetivo é evitar criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que podem se desenvolver em reservatórios que acumulam água em objetos deixados à céu aberto.

Campo Grande também utiliza o fumacê como estratégia no combate à Dengue.

O serviço é passado pelos bairros com objetivo de combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

O fumacê percorre ruas da Capital de segunda a sexta-feira, das 16h às 22h, em bairros pré-estabelecidos pela Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG).

O método Wolbachia também foi implantado em Campo Grande para eliminar doenças transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti. O qual consiste em introduzir a bactéria Wolbachia no mosquito.

Quando a bactéria é inoculada ao mosquito, há inibição do vírus. Dessa forma, o mosquito transmite a bactéria Wolbachia para seu parceiro quando se reproduz, sendo propagada para as próximas gerações da espécie.

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