Foragido por tráfico, "Bebezão" estava matriculado em curso de Medicina

Criminosos integram a alta cúpula da facção criminosa PCC na região de Ponta

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Carteira de estudante encontrada com o traficante. Foto: Direto das Ruas

Apontado como novo "chefão" da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, o brasileiro Weslley Neres Dos Santos, o "Bebezão", estava matriculado em um curso de Medicina em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã onde foi preso nesta noite (23) com arsenal e outros 13 integrantes da facção. Weslley também estava sendo procurado pela Polícia Federal por envolvimento com o tráfico de drogas e armas.

Com ele os policiais encontraram uma carteira em que Weslley se identifica como acadêmico da Universidad Central Del Paraguay. A polícia paraguaia ainda não sabe se o carteira é verdadeira, conforme apurado pela reportagem, mas o documento permitia a livre circulação de "Bebezão" entre Pedro Juan e Ciudad del Este, outra importante cidade da fronteira paraguaia.

Conforme a Polícia Federal Weslley era alvo de mandado de prisão desde 06 de fevereiro deste ano em consequência de investigações sobre tráfico de armas e drogas no âmbito da Operação Empossados, um desdobramento da Operação Exílio.

Ele e outros 13 integrantes do PCC foram encontrados na noite desta terça-feira (23) em uma residência que fica no fundo de um lava rápido, anexo à sede local do Partido Colorado que comanda o país.

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Policial diante das armas encontradas no local onde o grupo foi preso. (Foto: Direto das Ruas)

Eles são suspeitos de integrarem a alta cúpula da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de Ponta Porã. Os criminosos estavam realizando uma "assembleia" sobre as próximas ações criminosas do bando na região. Entre os presos estão os brasileiros Bruno Cesar Pereira, Alfredo Gimenes Lorrea, Bruno Rafael Porto de Oliveira, Maxlese Rodrigues, Wiilian Meira do Nascimento e o próprio Weslley.

Os outros oito presos são os paraguaios Yoni Gomez Gimenez, Jonathan Rodrigo, Ramires Alvarez, Vicente Silva Cristaldo, Benigno Jara Alvarez, Nelson Gustavo Amarillo Elizeche, Rodrigo Ariel Acosta, Pedro Pablo Gauto e Sergio Gomez Gimenez.

No local onde o grupo foi encontrado foram apreendidos seis fuzis, carregadores e dezenas de munições, cinco fuzis, coleta à prova de balas, dinheiro, documentos e celulares usados pelo grupo. A operação foi resultado do trabalho conjunto entre os setores de inteligência da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e a Polícia Federal no âmbito da Operação Fronteira Segura II.

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