Mesmo com quase 100 mil pessoas à espera da 2ª dose, ordem ainda é não guardar vacinas

Nas primeiras remessas das vacinas, o Ministério da Saúde enviou as duas doses juntas e orientou estados e municípios a estocarem os imunizantes

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Imagem da primeira remessa de vacinas que chegou ao Estado em janeiro. (Foto: Paulo Francos)

Com quase 100 mil sul-matogrossenses aguardando para receber a segunda dose da vacina Coronavac/Butantan, o secretário de saúde Geraldo Resende afirma que não vê necessidade, ainda, de voltar a adotar medida do começo da vacinação contra covid-19, que era de guardar a segunda dose do imunizante.

Nas primeiras remessas das vacinas, o Ministério da Saúde enviou as duas doses juntas e orientou estados e municípios a estocarem os imunizantes. A partir da oitava remessa, segundo informa Nota Técnica 457/2021 do Ministério da Saúde, divulgada ontem à noite, as doses começaram a ser enviadas em lotes separados.

“Observada a ascensão dos casos no país e a necessidade de promover a aceleração da vacinação, a partir da 8ª etapa de pauta de distribuição das vacinas contra a Covid-19, (...) ficou definido o monitoramento semanal dos cronogramas de entrega das vacinas por parte dos laboratórios ao MS e o ajuste de estratégia. Nesse momento, as pautas de distribuição da vacina Sinovac/Butantan foram alteradas para acontecer em duas etapas, primeiro com a entrega de doses D1 e, no intervalo de quatro semanas, a entrega das segundas doses D2”, sustenta o documento.

No mês passado, Resende ressaltou em transmissão ao vivo, que a estratégia a partir de então era de “vacina no braço”, sem estoque dos imunizantes. Mas agora, com baixa oferta vacina, por falta do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) ao Butantan, cogitava-se o retorno à estratégia inicial.

“Acreditamos que esse atraso deve ser superado no máximo até a próxima semana e não acredito que será preciso guardar a segunda dose. Vamos analisar remessa por remessa, mas não acho que vai precisar guardar”, analisou.

Sobre o avanço da vacinação sem que a segunda dose esteja garantida aos públicos que já receberam a primeira, o secretário afirma que não houve entraves nos municípios, no Governo Federal, que atrasou o envio. “Nesta semana, contávamos com o quantitativo que faltou do Governo Federal”, defendeu.

Semana que vem – nota no Ministério da Saúde destaca que a retomada de envio das doses será feito apenas na semana que vem. “Cumpre-nos informar que 416.507 pessoas foram beneficiadas com doses D1 da vacina Sinovac/Butantan, nas etapas 13ª e 14ª de distribuição. Essas pessoas permanecem com o esquema vacinal em aberto com a previsão de distribuição das doses D2 para a primeira semana de maio, cumprindo em tempo oportuno, o intervalo preconizado entre as doses”.

No mesmo informe, o ministério sustenta ainda que a população deve tomar a segunda dose da vacina covid-19 mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório, que é entre 14 e 28 dias após a aplicação da segunda dose.

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