O Governo do Estado atualizou, após a reunião do Comitê Gestor nesta quarta-feira (21), o grau de risco dos 79 municípios do estado – referentes à 42ª semana epidemiológica do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), e encaminhou aos prefeitos os relatórios com recomendações sugeridas até 06 de novembro.
Com relação à semana anterior (40ª), 35 municípios mantiveram seu grau de risco, 20 municípios melhoraram e 24 municípios pioraram, indicando uma pequena melhora com relação ao último mapa em que 35 cidades regrediram de faixa, porém sem motivos para se relaxar no cumprimento das recomendações, conforme explicou o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel: “Pode soar repetitivo, mas não existe fórmula mágica para se conter a pandemia. A única forma de melhorar a situação é seguir as recomendações sugeridas pelo programa, que inclusive foi muito elogiado pela equipe da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) na visita da última semana, além de manter os protocolos de biossegurança e isolamento social amplamente disseminados”, concluiu.
De acordo com a avaliação da secretária adjunta de Saúde, Christinne Maymone, é importante que se mantenha a vigília quanto aos protocolos, pois a evolução da pandemia no Estado ainda é preocupante: “Estamos em uma situação moderada com uma leve descendência, porém sem alteração da nossa taxa de letalidade (de 1,9) e com aumento do número de internações”, analisou.
Mapa Situacional
O mapa situacional das quatro macrorregiões de Saúde (Corumbá, Campo Grande, Três Lagoas e Dourados), referente à 42ª Semana Epidemiológica (de 11 a 17/11), apresenta apenas 4 municípios na faixa de risco tolerável (amarela), 43 municípios no grau médio (bandeira laranja) e 32 no grau de risco alto (bandeira vermelha). O Estado permanece sem nenhuma cidade nas faixas de risco baixo (bandeira verde) ou extremo (bandeira cinza).
Para gerar essa classificação, o programa avalia indicadores municipais relacionados à disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, necessidade de expansão de leitos e situação de fronteira com país ou divisa com estado que tenha aumento de casos.
Os mapas situacionais atualizados, recomendações para os municípios e a distribuição das atividades econômicas por faixa de risco, estão disponíveis no site www.coronavirus.ms.gov.br (link prosseguir).
Sobre o Prosseguir – Programa do Governo Estadual que classifica os municípios em faixas de cores, de acordo com o grau de risco que cada cidade apresenta (de baixo a extremo), traz recomendações de medidas no âmbito da Saúde Pública, de Serviços Públicos e do Social a fim de nortear agentes da sociedade, principalmente entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19.
Metodologia do Programa
Periodicidade – A cada duas semanas são enviados relatórios com recomendações para todos os municípios, baseadas nos dados do fim da semana (último sábado), obtidos pelo cruzamento dos indicadores de Vigilância Epidemiológica, Saúde e Impacto Econômico.
Alimentação dos Dados – A atualização dos dados que compõem os indicadores é de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde de cada município, de forma que o atraso ou o não fornecimento das informações compromete a avaliação situacional do município.
Mudança de Bandeiras – Seguindo as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), embora o monitoramento dos dados seja diário, com reunião semanal de análise, os municípios só podem mudar de cor (faixa) após 14 dias – mesmo que os dados diários indiquem a mudança de situação. Quando a mudança de situação for para melhor, a metodologia prevê que não se pode ‘pular’ faixas (por exemplo, mudar diretamente da faixa laranja para a verde sem passar pela amarela). Já quando a mudança de situação for para pior, permite-se ‘pular’ bandeiras (sair da amarela e ir diretamente para a vermelha, por exemplo), devido à urgência na adoção de medidas.
Classificação de Risco das Atividades Econômicas – A Classificação de Risco das Atividades Econômicas (em baixo, médio e alto) também pode ser alterada a qualquer momento pelo Comitê Gestor, pautada em justificativa técnica com foco na melhoria dos resultados da matriz de risco (conforme artigo 10 do Decreto nº 15.462 de 25/06/2020).
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