Super Gripe? Entenda as novas cepas da influenza e os riscos ao Mato Grosso do Sul

O termo 'super gripe' está sendo atribuído as variantes da Influenza A; H3N2-K e H4N2

Cb image default
Especialista recomenda uso de máscaras.

O termo “super gripe” ganhou força nas redes sociais nos últimos meses e provocou preocupação em vários países, especialmente após um aumento de hospitalizações por influenza na Europa e nos Estados Unidos. Mas, afinal, existe mesmo uma nova gripe mais perigosa? Há risco para o Brasil e Mato Grosso do Sul?

Até o momento, não existe uma nova gripe chamada “super gripe” reconhecida por autoridades de saúde. Ocorre que, hospitais e escolas norte-americanos retomaram restrições de visitas e chegaram a suspender atividades presenciais diante do avanço de uma nova variante do vírus Influenza A (H3N2), conhecida como subclade K, ou H3N2-K.

O subtipo, popularmente chamando de ‘super gripe’, tem sido associado ao aumento de internações e afastamentos escolares, embora não haja, evidências de que seja mais letal. No Brasil, em novembro, um menino de 11 anos morreu em Barretos (SP) após infecção por H3N2, o que reacendeu o alerta para a circulação de vírus no país.

O que é o H3N2-K?

Em nota divulgada nos canais oficiais, a OMS (Organização Mundial da Saúde) explica que a influenza sazonal evolui continuamente. Desde agosto de 2025, houve um crescimento acelerado da circulação do subtipo A (H3N2) J.2.4.1, o chamado subclade K, em diversos países.

O vírus apresenta mutações relevantes e características novas para o sistema imunológico de grande parte da população, o que contribui para a rápida disseminação. No entanto, o vírus não demonstrou aumento de gravidade nos casos clínicos até agora.

Ainda conforme especialistas, os principais sintomas são febre, vômitos, dores musculares, cansaço, congestão, dor de cabeça, tosse, calafrios, coriza, mal-estar e náusea.

A atividade da gripe está dentro do esperado para a temporada, embora em algumas regiões o aumento tenha sido mais precoce, segundo a OMS. Por isso, as vacinas seguem oferecendo proteção, especialmente contra casos graves e hospitalizações.

E o H4N2?

Outra informações que viralizou como a suposta “super gripe” está relacionada com o vírus H4N2. Diferente do H3N2-K, essa informação é falsa. O Ministério da Saúde informou que, até o momento, não há evidências da existência ou da circulação do vírus H4N2 em humanos no Brasil, nem surtos, hospitais lotados ou alertas médicos relacionados a esse subtipo.

Além disso, as postagens que afirmam de um possível surto são desinformação e não têm base em dados científicos.

“Imagens e vídeos que circulam nas redes sociais citando ‘sintomas estranhos’ ou ‘consultórios lotados pela H4N2’ são falsas”, diz nota divulgada pelo UOL.

Riscos para o Brasil

O Brasil, por estar no hemisfério sul, costuma sentir reflexos das cepas que circulam fortemente no hemisfério norte. Ou seja, há sim risco de o H3N2-K chegar ao país, como ocorre com outras variantes de influenza.

No entanto, o risco maior é para pessoas não vacinadas, idosos, gestantes, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas. No entanto, conforme o Ministério da Saúde, o país possui vigilância ativa e a vacinação segue aberta a toda a população.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.