Usina Laguna, no município de Batayporã, que está produzindo açúcar para exportação (Foto: Divulgação)
Localizada em Batayporã, na região do Vale do Ivinhema, a Usina Laguna investiu R$ 105 milhões para fabricação de açúcar de alta pureza, para exportação. O investimento amplia a operação da empresa em Mato Grosso do Sul, até então focada na produção de etanol e bioeletricidade a partir da cana.
Com estrutura moderna, a nova fábrica tem capacidade para processar até 120 mil toneladas de açúcar por ano e conta com armazém para 54 mil toneladas do produto. O foco será a produção do açúcar tipo VHP (Very High Polarization), tipo de açúcar com alta concentração de sacarose, cor mais escura e de alta pureza.
“Com a entrada no mercado de açúcar, a Usina Laguna dá importante passo em sua trajetória, verticalizando sua produção a partir da cana-de-açúcar. Essa expansão consolida nossa operação e reforça nossa parceria com Batayporã e toda a região, onde geramos empregos, impulsionamos a economia, com importante contribuição para o desenvolvimento local”, disse Romildo Cunha, diretor comercial da Usina Laguna.
Segundo ele, a empresa também avança na cogeração de energia elétrica (bioeletricidade) utilizando como matéria-prima o bagaço de cana proveniente da produção.
Já autossuficiente em energia, em 2024 a usina investiu na ampliação de capacidade de geração para 75 mil MWh (Megawatt-hora) por ano, com 50 mil MWh/ano comercializados e distribuídos no SIN (Sistema Interligado Nacional), alimentando a rede com energia limpa e renovável.
Foram investidos R$ 50 milhões, incluindo nova linha de transmissão de 138 kV (quilovolt) com 11 quilômetros de extensão e equipamentos para melhor aproveitamento do vapor no processo industrial.
Conforme a usina, além da oferta de novos produtos, a expansão gera oportunidades de trabalho na região, reforçando os 900 empregos diretos já garantidos. A mão-de-obra é concentrada nos municípios de Batayporã, Nova Andradina e Taquarussu.
Com os investimentos, a Usina Laguna altera seu mix de produção na safra em andamento, priorizando açúcar (55%) em relação ao etanol (45%). A expectativa para essa temporada é processar 1,65 milhão de toneladas de cana, 65 milhões de litros de etanol, 120 mil toneladas de açúcar e 40 mil MWh de bioeletricidade.
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