Professores denunciaram à Polícia ameaça de massacre na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho. De acordo com as testemunhas, quando eles foram buscar redes de wi-fi, encontraram uma com nome de MASSACRE L.M.C 14:22. Professores alegaram que andavam nos corredores da escola e o sinal que apontava a rede ficava mais forte.
Diante da ameaça, a diretora da escola acionou policiais e providências foram tomadas.
De acordo com o boletim de ocorrência, que foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento (Depac) Centro, os alunos da escola também viram a rede com o nome MASSACRE L.M.C 14:22 e ficaram desesperados. O caso está sendo investigado.
Outras Ameaças
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio das delegacias, tem atendido diversas ocorrências que insinuam a realização de ações parecidas com o que aconteceu na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, na tarde de ontem.
Conforme divulgado pelo Correio do Estado, duas escolas de Campo Grande foram alarmadas por conta de redes de wi-fi nomeadas com “avisos” de massacre. A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (DEAIJ), Fernanda Félix, disse que esse tipo de ameaça pode equiparar ao ato infracional de ameaça, apologia e instigação ao crime.
“Mesmo que pareça uma brincadeira inocente entre adolescentes, a situação pode ser entendida como um ato infracional, e caso haja entendimento do judiciário, eles poderão ser encaminhados para uma Unidade Educacional de Internação (Unei) ”, enfatiza.
De acordo com informações do site O Pantaneiro, o mesmo trote também aconteceu na manhã da última sexta-feira (29), na Escola Estadual Coronel José Alves Ribeiro, em Aquidauana. Neste caso, várias redes disponíveis faziam alusão a atentado, com hora marcada.
"Hoje vai ser como Suzano", "Às 10h30 se preparem", "Massacre 11h25" foram alguns dos nomes usados pelos suspeitos, mas, as redes foram desativadas ou tiveram os nomes alterados antes da chegada da Polícia Militar. No local, os agentes fizeram buscas e revistaram mochilas, mas não encontraram nada de ilegal.
Na semana passada, segundo a Sejusp, no Bairro Tijuca, dois jovens ameaçaram os colegas que iriam explodir o colégio com uma bomba. Nesta ocorrência, conforme a delegada, nenhum deles estavam portando qualquer tipo de artefato, mas aterrorizaram toda a escola.
Os adolescentes foram apreendidos e encaminhados para uma Unei da Capital, onde estão há mais de uma semana pelo ato infracional equiparado ao crime de ameaça.
“Ao atender esse tipo de fato nós temos notado que muitos adolescentes com problemas psicológicos ao verem uma notícia tão trágica, quanto a que aconteceu em Suzano (SP), eles tentam chamar a atenção pela repetição daquele ato. Esses jovens requerem cuidados especiais dos pais e até mesmo do corpo docente”, destaca.
Um fator importante pontuado pela delegada é a realização do registro do boletim de ocorrência por parte dos diretores, professores ou responsáveis pelas escolas. “Eles têm o dever de informar imediatamente a DEAIJ ou a delegacia mais próxima sobre qualquer tipo de ato infracional que ocorra dentro de uma unidade de ensino”.
Esta foi a ação tomada pelo diretor da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, Edvaldo Lourenço, na tarde da última quinta-feira (28), depois que a unidade foi supostamente ameaçada. “Nós não podemos ficar achando que é só brincadeira. Temos que agir também”, disse o responsável.
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