Tabletes de cocaína apreendidos pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico. (Foto: Denar)
s forças policiais estaduais de Mato Grosso do Sul foram as que mais apreenderam cocaína no Brasil, atrás apenas de São Paulo, entre os anos de 2013 e 2023. Os dados estão na atualização do Atlas da Violência, divulgada nesta segunda-feira (12) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Conforme o levantamento, mais de 29 toneladas do entorpecente foram retiradas de circulação no Estado. Já as apreensões feitas por agentes da Polícia Federal – incluindo a Polícia Rodoviária Federal – somaram 7,7 toneladas no mesmo período, colocando Mato Grosso do Sul na quarta posição no ranking federal.
Segundo o estudo, esse resultado era esperado, considerando o papel específico de cada força policial. No caso da PF, os estados que integram a rota internacional de drogas, seja por terra, ar ou mar, concentram as maiores apreensões.
Outro ponto destacado é a importância da atividade pericial para confirmar a quantidade e qualificar corretamente as substâncias apreendidas, já que muitas vezes o material não corresponde ao que parece visualmente. Também é a perícia que determina o grau de pureza da droga, o que pode variar bastante entre a produção e a venda no varejo.
“O desafio não é resolvido com a simples soma dos resultados de cada polícia, visto que muitas operações são realizadas de maneira integrada e registradas em cada instituição envolvida, gerando duplicidade de registros”, aponta o Atlas.
No Brasil, contabilizar com precisão a quantidade de drogas apreendidas ainda é um obstáculo, já que as ações envolvem tanto as polícias estaduais quanto as federais.
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