Pela segunda vez em menos de um mês, dono de supermercado no Bairro Santo Antônio foi autuado por estocar carne vencida. Equipes do Procon e da Decon (Delegacia Especializada do Consumidor) foram ao local para averiguar a situação, depois que foi feito pedido de liberação do açougue do estabelecimento, fechado desde setembro. Encontraram cerca de 3 toneladas do produto inservíveis para o consumo.
O açougue do supermercado JJ havia sido autuado no dia 26 de setembro. Naquele dia, o setor foi interditado e foram confiscadas 6,3 toneladas de carne vencida. A autuação também envolvia a falta de higienização do local.
Segundo apurou a reportagem, a “batida” hoje das equipes do Procon, Decon, com apoio do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) foi realizada para averiguar o açougue, justamente porque havia solicitação dos donos do supermercado para liberar o funcionamento do setor. A medida foi tomada para vistoriar se a limpeza e procedimentos de armazenamento regular foram executadas.
Porém, quando as equipes chegaram hoje, encontraram situação semelhante a de setembro: carne vencida estocada e higienização precária. O dono do supermercado foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos.
A gerente do supermercado, Edione Cunha, disse que a carne não estava vencida na inspeção realizada em setembro e que ficou guardada para eventual liberação do açougue.
Porém, segundo ela, a vistoria era esperada para antes do feriado, mas o trâmite se alongou e somente hoje foi realizado. Nesse meio tempo, o produto venceu. “Não que ela esteja estragada, está perfeita”, rebateu. Porém, fora do prazo de validade, já está imprópria para consumo. O estoque de carne será levado para descarte.
Segundo repassado ao Campo Grande News, o proprietário será novamente autuado pela irregularidade, o açougue continua interditado e a outra multa será aplicada, em valor a ser definido pelo Poder Judiciário.
O comerciante já havia sido alvo de vistoria antes de setembro. Em declaração anterior, o delegado Reinaldo Salomão explicou: "Ele tinha sido fiscalizado no começo do ano e piorou a situação. Ele fez exatamente o oposto da orientação", disse, à época.
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