Ao menos 300 dos 800 vereadores de Mato Grosso do Sul já disseram que vêm à reunião na Câmara Municipal de Campo Grande, dia 20, onde vão debater alternativas para pressionar a Energisa a se justificar sobre os seguidos aumentos na conta de energia elétrica.
Além do manifesto dos vereadores, deputados estaduais também têm sido chamados para a audiência.
“Sabemos que é da Assembleia Legislativa a responsabilidade em fiscalizar a concessão dada a Energisa, mas a Lei Orgânica do município nos obriga a examinar o valor da conta, um exagero conforme dezenas de relatos de consumidores. Isso é nosso papel”, afirmou o vereador Valdir Gomes (PP).
Gomes disse que o número de vereadores na audiência deve aumentar até a data combinada. Segundo ele, os parlamentares municipais devem trazer abaixo-assinados como meio forçar os executivos da Energisa a se explicarem a razão do reajuste, tido por ele, como um “absurdo”.
Valdir Gomes disse que pagava em torno de R$ 1 mil na conta mensal da energia elétrica, neste mês, subiu para R$ 2 mil. “Pedi à empresa que fosse a minha casa para ver se há alguma irregularidade, mas até agora, nada. Acho que no relógio marcador do consumo de energia está cheio de rato, isso sim”, afirmou o vereador.
A ideia dos vereadores é agendar reuniões em Brasília ou com os diretores da empresa. “E também que o Procon municipal se instale dentro da Energia. Eles [concessionária] não são soberanos, quem é soberano nessa vida é Deus”, protestou.
Enquanto Gomes discursava sobre a reunião do dia 20, ao menos oito dos 29 vereadores fizeram fila no microfone para apoiar a propósito do que já chamam da “marcha dos vereadores”.
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