Quatro pessoas foram presas em flagrante durante operação para combater furto de energia elétrica em Dourados, maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. Entre os presos estão duas mulheres, de 27 e 31 anos de idade.
As prisões ocorreram no âmbito da Operação Quilowatt, deflagrada nesta terça-feira (27) por policiais civis de três delegacias, perícia técnica e 16 equipes da concessionária Energisa, para combater furto e fraude em medidores de energia.
Foram 33 imóveis vistoriados em vários bairros, entre os quais as Chácaras Califórnia e Jardim Santa Catarina. Levantamentos feitos pela Energisa constataram divergências de informações sobre o consumo em alguns endereços. A fiscalização feita pelos peritos confirmou a fraude.
Cinco pessoas foram conduzidas para a 2ª Delegacia de Polícia e quatro foram autuadas em flagrante por furto de energia elétrica e estelionato (por fraude nos medidores). Os presos em flagrante foram soltos após pagamento de fiança e vão responder às denúncias em liberdade.
De acordo com o delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia de Dourados, Lucas Albé Veppo, o desvio de energia através do chamado “gato” pode configurar furto ou estelionato, crimes previstos nos artigos 155 e 171 do Código Penal brasileiro.
Além disso, conforme Denise Simões, relações institucionais da concessionária, as ligações clandestinas podem provocar incêndios e explosões, sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.
Segundo a polícia, outro fator de importância é que grande parte do prejuízo com as fraudes é direcionada aos demais consumidores, que acabam arcando com parte do custo para reposição das perdas decorrentes das ligações clandestinas.
“As fraudes trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia”, afirma a Polícia Civil. As investigações continuam para identificar outros pontos irregulares em Dourados.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.