A Polícia Civil e a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul), investigam, desde o início do ano, as acusações de clientes contra uma advogada, de 44 anos, de que estaria embolsando indenizações ganhas em processos trabalhistas.
O principal caso é de uma estudante, de 26, moradora do Nova Lima (região norte). No dia 24 de janeiro ela foi até o 3º DP (Carandá Bosque) registrar boletim de ocorrência contra a advogada por apropriação indébita. No mesmo dia, comunicou o ocorrido à OAB-MS.
O caso aconteceu em 2014. Na ocasião, a estudante foi demitida da empresa em que trabalhava e ingressou com um processo trabalhista por desvio de função. Três anos depois, a Justiça lhe deu ganho de causa. E em 20 de setembro fora depositado judicialmente a indenização de R$ 18.487,49. Mas foi aí que os problemas começaram.
A advogada investigada indiciou sua própria conta-corrente para depósito, não informou a cliente, que ficou sem saber da vitória, e fugiu com o dinheiro, segundo sua acusação.
Não foi um caso isolado.
Uma rápida consulta no Tribunal de Justiça aponta a existência de dois outros casos semelhantes, um no mesmo ano, o outro em novembro de 2018.
Ambos os três processos já tiveram a denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual e aguardam julgamento. Que muito provável será realizado à revelia. Com a carteira de advogada suspensa, a acusada meio que trocou de profissão.
Atualmente está na Argentina, onde oferece representação para brasileiros interessados em estudar medicina naquele país. Vende pacotes que incluem mensalidade, aluguel de quarto e outras despesas, oferecendo preferencialmente os serviços em páginas de Campo Grande nas redes sociais.
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