Alvo do Gaeco, quadrilha cooptava caminhoneiros para o tráfico em MS, SP e MG

Um policial penal está entre os alvos de 37 mandados de prisão contra pessoas nos três estados

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Droga foi encontrada em 11 cilindros de oxigênio, em 2024 (Foto/Arquivo)

A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrada hoje tem como alvo quadrilha que cooptava caminhoneiros para o transporte de drogas, escondidas em mochilas, estepes, cilindros de oxigênios e caixas sob cargas lícitas. No total, estão sendo cumpridos 67 mandados em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, entre eles, 37 mandados de prisão.

Dos 67 mandados da Operação Blindspot, segundo informações do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), ainda são de 30 de busca e apreensão, cumpridos em Campo Grande, Corumbá, Dourados e Ladário. Nos outros estados, os alvos estão sendo procurados em Cauiuá (SP), Campinas (SP), Mairinque (SP), Mirandópolis (SP), São José do Rio Preto (SP), São Paulo e Uberaba (MG).

Como adiantado pela reportagem, um dos alvos é agente de segurança pública. Ele trabalha como policial penal e também é alvo de mandado de prisão.

As investigações, segundo MPMS, revelaram a atuação de uma organização criminosa altamente estruturada, voltada, principalmente, , ao tráfico de cocaína e pasta-base.

No início desta investigação, ainda em setembro de 2024, foi possível apreender grande quantidade de drogas que pertenciam a essa organização criminosa e circulavam transportadas em cilindros de oxigênio.

Na ocasião foi encontrada uma carga de 146,8 quilos de cocaína; 267,990 quilos de pasta-base de cocaína; 7,5 quilos de haxixe marroquino e 2,250 quilos de skunk, totalizando 424,310 quilos de entorpecentes da organização criminosa.

O transporte dos entorpecentes é feito, majoritariamente, por meio de caminhões utilizados no transporte rodoviário de cargas, sendo que a logística criminosa se apoia no aliciamento dos motoristas atuantes no setor, que recebem valores para realizar o transporte clandestino de drogas escondidas entre cargas lícitas.

Para burlar a fiscalização, a organização criminosa utiliza diversas estratégias de ocultação, como o acondicionamento dos entorpecentes em estepes e, conforme constatou da referida apreensão, até mesmo no interior de cilindros de oxigênio adulterados.

O nome - “Blindspot”, termo que dá nome à operação, faz referência à forma como a organização criminosa transporta os entorpecentes de maneira estratégica e camuflada, escondendo-os em mochilas, estepes, cilindros de oxigênio adulterados e até mesmo em caixas dissimuladas entre as cargas lícitas, explorando verdadeiros “pontos cegos” da fiscalização.

Nesta data, equipes do Bope (Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais), ambos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, prestaram apoio operacional ao Gaeco.

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