Rafael Ferreira Ponce, 29, acusado no assassinato de Miguel Vieira, 39, e Bryan Gabriel Vaz Vieira, 17, pai e filho respectivamente, chegou a retirar a massa encefálica (cérebro) do crânio do adolescente e para tentar desaparecer com os corpos, manteve fogo aceso durante um dia inteiro.
O assassinato aconteceu após uma briga entre as vítimas e o autor no distrito de Panambi, em Dourados. Conforme relato de populares à polícia, o trio estava ingerindo bebida alcoólica na sexta-feira (15), quando pai e filho acabaram entrando em confusão com Rafael o agredindo.
O acusado teria então contado a populares que mataria os dois em vingança das agressões, porém foi ignorado. No entanto, após as vítimas não serem vistas a Polícia Militar foi acionada, informada do fato, e em diligência na casa onde poderiam estar, encontrou manchas de sangue na sala e dois corpos carbonizados em um poço próximo ao imóvel.
Em entrevista ao Dourados News nesta manhã, o delegado responsável pelo SIG (Setor de Investigações Gerais), Rodolfo Daltro, afirmou que o acusado responderá por homicídio qualificado.
No entendimento da polícia, ele não conseguiria cometer os crimes sem que houvessem fatores facilitadores.
“Eu entendo que ele não teria conseguido matar os dois de forma tão rápida assim. Ou eles estavam dormindo, embriagados ou sob efeito de drogas ilícitas”, descreveu o agente.
Ele acrescentou que além disso, Rafael também vai responder pela destruição dos cadáveres.
“Ele tirou a massa encefálica do Bryan, quem foi ao local do crime viu que não foi enterrado, estava bem superficial. Ele disse que passou mal, começou a ter ânsia de vômito e aí não conseguiu enterrar o cérebro e ele passou a segunda-feira toda colocando pedaços de madeira e cobertor para manter o fogo no poço onde estavam os corpos, aceso”, detalhou.
O delegado classificou como “grotesca” a cena do crime, e contou também que já finaliza o flagrante contra Rafael para encaminhar ao judiciário o pedido de prisão preventiva.
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