Após receberem a notícia de que um caminhoneiro estava desaparecido, policiais civis da Delegacia de Mundo Novo realizaram diligências para a sua localização. Entre estas, foi feito contato com a Polícia Nacional do Paraguai que, em cooperação, passou a procurá-lo naquele país. Informações preliminares, deram conta de que o motorista havia estado naquele país e lá efetuou a venda da carga, bem como do veículo.

A principal linha de investigação é que o motorista retirou o rastreador e se apropriou da carga e do veículo que conduzia, adentrando no Paraguai no dia 9 de abril suposto dia do desaparecimento. Retornou no dia 10 e se hospedou em um hotel em Mundo Novo.

Uma testemunha que prestou depoimento, informou que no dia 11, por volta das 15h deu carona para o motorista até o Paraguai, sendo que para esta testemunha, o caminhoneiro alegou que estaria indo realizar compras no país vizinho.

Posteriormente, ele retornou para o hotel em que estava hospedado em Mundo Novo. Na data de ontem (12), o caminhoneiro foi até a uma loja, localizada naquele município, e adquiriu um aparelho celular, bem como um chip.

Já na data de hoje (13), após investigações, a equipe da Seção de Investigações Gerais m localizou o motorista no hotel em que estava hospedado desde domingo (11), sem qualquer tipo de ferimento ou restrição que o impedisse de sair daquele local ou de entrar em contato com a família.

Destaca-se que, desde a data do dia 12, o motorista se encontrava na posse de um aparelho celular novo, com chip, mas não realizou qualquer contato com a família ou com o seu patrão.

No hotel, os policiais foram informados que o caminhoneiro se hospedou no hotel no dia 10 (domingo), e que chegou sozinho naquele local. Na loja em que adquiriu o aparelho celular, o vendedor afirmou que ele se encontrava tranquilo e o informou que queria comprar um aparelho celular, não relatando ou demonstrando que estaria sendo vítima de algum crime.

Na Delegacia, afirmou que foi vítima de roubo e que os criminosos o levaram para o Paraguai. Posteriormente, aqueles o trouxeram até o Brasil e o hospedaram no hotel em que foi localizado. Informou que lhe foi ordenado, sob ameaças, que ficasse naquele lugar. Por fim, disse que saiu apenas na data de ontem para comprar o celular pois, caso precisasse, iria ligar para a família, retornando para o hotel logo em seguida. Negou qualquer participação no crime.

Imagens de câmeras de segurança foram requisitadas e serão juntadas ao Inquérito Policial.

Diante dos elementos de informação presentes, o motorista foi indiciado pelo crime de Apropriação indébita com a pena majorada em razão de ofício, emprego ou profissão (art. 168, §1º, III do CP).