Fazendeiro é preso em operação contra trabalho escravo em MS

Prisão em flagrante por posse de 17 armas de fogo ocorreu durante a Operação Corixo, em Bela Vista

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Rifles, pistolas, revólveres, munições e dinheiro apreendidos em fazenda de Bela Vista (Foto: Divulgação)

Fazendeiro foi preso em flagrante nesta terça-feira (5) na Operação Corixo, deflagrada pela Polícia Federal para combater trabalho análogo à escravidão em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai.

Ao cumprirem três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em investigação sobre a exploração da mão de obra de trabalhadores paraguaios, os policiais federais encontraram, na fazenda, pelo menos 17 armas de fogo, entre rifles, pistolas e revólveres, além de munições e dinheiro em espécie.

A reportagem apurou que além da fazenda, foram feitas buscas na loja veterinária pertencente ao fazendeiro, localizada no centro de Bela Vista. Grande quantidade de agrotóxico também foi apreendida. A PF ainda cumpriu outras medidas cautelares, como proibição de contato do fazendeiro com as vítimas.

A operação recebeu apoio e participação de servidores do Ministério do Trabalho e Emprego. O nome faz alusão a termo muito usado no Pantanal se referindo a um curso d'água que pode apresentar diversos tamanhos e larguras, como se fossem braços de rios e que se formam durante a cheia na planície pantaneira.

O fazendeiro está sendo conduzido para a Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, onde vai ser autuado em flagrante pela posse das armas. A investigação sobre o emprego de trabalhadores paraguaios em condições análogas à escravidão continua. A irregularidade foi constatada ano passado durante ação de fiscais do trabalho e o inquérito está em andamento na PF.

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