A Polícia Civil prendeu na terça-feira (9), em Água Clara, um idoso de 62 anos, por posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Ele é acusado de praticar estupros contra meninas de duas gerações da mesma família, por mais de 20 anos.
A notícia do crime chegou até a Polícia Civil, por meio do Conselho Tutelar da cidade, que encaminhou um caso de suspeita estupro de vulnerável à Delegacia de Polícia de Água Clara. Segundo foi apurado, uma menina de apenas 10 anos disse que morou muitos anos com a avó e o companheiro dela, de 68 anos em uma fazenda, mas se mudou para a casa do pai e da madrasta no fim de 2020.
Passados alguns dias, a madrasta percebeu que a vítima apresentava comportamento estranho e não sorria. Após ganhar confiança, a criança contou que o companheiro da avó abusou dela várias vezes, desde que tinha 5 anos.
Dentre os abusos relatou penetração na vagina, coito anal e sexo oral, dentre outros atos libidinosos. Além de narrar esses fatos, a vítima disse que sua prima de apenas 5 anos também poderia estar sendo vítima de abusos. A criança contou ainda que o suspeito tinha uma arma de fogo em casa.
De posse dessas informações, uma equipe composta por policiais civis e conselheiros tutelares se deslocou até a fazenda onde o suspeito residia. No local, ele foi entrevistado e confessou a posse da arma, apresentando-a, oportunidade na qual foi preso em flagrante, contudo, negou os abusos sexuais.
A criança de 5 anos não estava no local, sendo obtida a informação de que poderia estar na cidade com a mãe. Após diligências, esta outra criança e a mãe dela, de 30 anos, foram localizadas pelo Conselho Tutelar e a mãe disse que também sofreu abusos sexuais pelo suspeito há mais de 20 anos, quando tinha apenas 9 anos de idade, mas desconhecia que sua filha e sua sobrinha também estivessem sendo abusadas.
A equipe de investigação da Delegacia de Polícia Civil de Água Clara apurou que diversas outras meninas da mesma família também moraram naquele local e possivelmente sofreram abusos sexuais, motivo pelo qual serão ouvidas nos próximos dias.
A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, que aguarda preso a análise do Poder Judiciário.
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