Paciente cadeirante que ameaçou cortar pescoço de enfermeiro já assediou funcionárias de hospital

Cadeirante teve a prisão preventiva decretada

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Ilustrativa (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O paciente cadeirante preso no dia 15 deste mês após ser flagrado com drogas dentro do Hospital São Julião, em Campo Grande, também foi acusado de assédio sexual e moral contra funcionários da unidade hospitalar. O homem teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia, nesta quinta-feira (17).

Em depoimento, um dos enfermeiros contou que o comportamento do cadeirante já vinha trazendo problemas nas dependências do hospital, já que o paciente estava há cinco meses no local se recusando a receber alta. 

Ainda de acordo com o depoimento, o paciente cadeirante já teria cometido assédio sexual e moral contra os enfermeiros, além de cometer atos obscenos para as enfermeiras. Conforme o relato do enfermeiro, ele foi ameaçado quando disse para o paciente que ele havia recebido alta e que não poderia mais ficar no hospital.

Já o paciente negou as ameaças dizendo que disse em tom de ironia. Em relação à maconha que estaria comercializando, negou o crime, afirmando que era para seu uso, já que fuma maconha desde os 8 anos.

Paciente cadeirante preso

A Polícia Militar foi acionada para o local e informada que o paciente estaria sob custódia médica a cerca de cinco meses para tratamento de reabilitação nas pernas e que já recebeu alta, mas se recusaria a ir embora, pois sempre manifesta interesse em morar na unidade.

Porém, há cerca de um mês o paciente começou a ser agressivo com a equipe médica e ameaçou cortar o pescoço de um enfermeiro. Mas, como no local não havia faca disponível, a equipe não registrou boletim de ocorrência.

No entanto, dias depois, funcionárias da limpeza encontraram uma faca artesanal com bisturi, gerando pânico na equipe médica. Logo, outros pacientes passaram a frequentar um pavilhão que fica na frente de uma escola dentro do complexo do hospital, sendo que os mesmos foram vistos usando maconha pela unidade. A suspeita era de que o cadeirante estaria fornecendo o entorpecente aos pacientes, segundo o registro policial.

Uma das funcionárias teria, inclusive, encontrado dois sacos grandes de maconha escondidos dentro dos sapatos do cadeirante e registrado o flagrante em vídeo.

Com isso, os militares abordaram o cadeirante e lhe questionaram sobre os fatos, tendo o mesmo respondido que a maconha seria de sua propriedade. O paciente ainda confessou que seus amigos que o visitam levam a droga para ele.

Com o cadeirante, os policiais encontraram mais uma sacola com entorpecentes, totalizando 154 gramas. Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas qualificado e ameaça, enquanto o entorpecente levado para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

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