A PMA tem executado no MS fiscalização e monitoramento dos cardumes com equipes nos rios e simultaneamente com equipes por terra, tendo em vista que, quando avisados por celular sobre policiais nos rios, os infratores fogem pelas estradas. Esse trabalho também é realizado porque alguns pescadores vão usualmente aos rios, especialmente no período noturno, para armar e usar petrechos ilegais sem serem vistos.
Dessa forma, as equipes, além de vigiarem os cardumes, ainda retiram os petrechos ilegais armados, evitando depredação dos peixes. Sexta-feira (2), policiais, que trabalham na operação Piracema, realizavam fiscalização fluvial no rio Coxim, no município de Rio Verde de Mato Grosso (MS) e prenderam um pescador por pesca predatória e porte ilegal de armas de fogo e munições.
A equipe abordou o infrator em frente a um rancho de pesca, no qual trabalha como caseiro e ele demonstrava muito nervosismo. Em um freezer na área do rancho, os Policiais encontraram 12 kg de pescado das espécies pacu, jaú, curimbatá e jurupoca beneficiados em postas e filés, além de um exemplar de curimbatá fresco, ou seja, capturado em piracema, com 34 centímetros e, portanto, em tamanho inferior ao permitido pela norma, que é de 38 centímetros para a espécie.
No local, ainda foram apreendidos diversos petrechos ilegais de pesca, que eram utilizados em pesca predatória, tais como, 22 anzóis de galho, uma corda de espinhel com 10 anzóis, 20 boias (João-bobo), cinco tarrafas e três redes de pesca. Ainda foram apreendidos: um revólver calibre ponto38, com numeração raspada, carregado com cinco munições e 16 cápsulas deflagradas do mesmo calibre, uma espingarda calibre 38 com 28 munições e 11 munições calibre ponto44 (calibre restrito), pertencentes ao infrator.
O pescador (59), residente em Coxim, recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia de Polícia Civil de Rio Verde e ele responderá por crime de porte ilegal de arma e por pesca predatória. O crime relativo às armas é de dois a seis anos de reclusão, agravado em razão do revólver com a numeração raspada e pelo crime ambiental, a pena é de uma a três anos de detenção. O infrator também foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 1.500,00.
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