Um terceiro-sargento e um soldado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul respondem ação penal por corrupção, depois de terem aceitado R$ 700 para liberar a passagem de dois caminhões carregados com cigarro pela região do assentamento Itamaraty, em Ponta Porã. Os veículos só não passaram como esperado em razão de uma operação policial que levou os militares a atuar ‘normalmente’.
Conforme denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), no dia 30 de outubro de 2018, os dois policiais estavam na base da Polícia Militar Rodoviária, quando receberam contato de um batedor que, por sua vez, havia recebido orientações dos chefes contrabandistas para conversar com os policiais de serviço.
O objetivo era pagá-los para que eles fizessem vista grossa e não abordassem dois caminhões que passariam em um horário específico, carregados com cigarro. No entanto, o crime somente foi descoberto por conta da investigação que era feita nos arredores, em decorrência da deflagração da operação Trunk, que interceptou as linhas telefônicas.
Porém, justamente por conta da operação, o terceiro-sargento e o soldado perceberam a aproximação de uma equipe da inteligência e passaram a atuar normalmente. “Diante do exposto fica evidente que os denunciados receberam valores ilícitos para, diretamente, e, em razão da função, prestarem vantagem indevida e, em consequência da vantagem, deixarem de praticar ato de ofício, infringindo seus deveres funcionais”, lê-se na denúncia.
O processo tramita na Auditoria da Vara Militar de Campo Grande e no momento está na fase da apresentação das alegações finais.
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