Na última segunda-feira (21), durante a 96ª sessão ordinária da Câmara de Ivinhema, representantes da Associação do Vale do Ivinhema para Proteção da Biodiversidade - ONG IviBio, estiveram presentes no plenário para utilizar a tribuna.
A entidade que há anos se destaca no município com ideias e projetos referentes ao meio ambiente, desta vez foi mostrar a triste realidade que se encontra alguns rios e córregos do território municipal, principalmente o Piravevê, que faz divida com a cidade de Angélica.
Através de apresentação em slide, o membro Paulo Sergio Marcon iniciou sua fala perguntando “Ainda podemos salvar o córrego Piravevê?”. Em seguida, mostrou com imagens de satélite, o assoreamento da região com o passar dos anos de 1994 (primeira imagem encontrada), até os dias atuais.
“Percebemos que no decorrer de quase 40 anos a paisagem do entorno da cidade de Ivinhema mudou bastante. Ampliação da área urbana, loteamentos urbanos e rurais, aumento/pavimentação da malha viária, mudança no uso do solo. Com o desmatamento desenfreado, estas mudanças trouxeram vários problemas”, informou.
Entre os problemas citados, foram elencados a destruição dos habitats, desvio do curso do rio, diminuição do volume de água por área (rio mais raso), morte/migração de peixes, mudança dos padrões de cheias do rio, mudança do fluxo da água, diminuição da disponibilidade de oxigênio dissolvido e morte de árvores/vegetação. Tais situações não apenas no Piravevê, mas também nos Córregos Azul, Andorinha, Ponta Porã e Santa Rosa.
Por fim, ele citou que a IVIBIO fica à disposição do município para construir um amplo projeto multidisciplinar visando recuperar as cabeceiras dos córregos, através de melhora da permeabilidade do solo em área urbana, infraestrutura para contenção de águas pluviais, plantando árvores – reflorestamento, curvas de nível, entre outras ações.
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