Com medidas restritivas e de biossegurança, as visitas presenciais de familiares foram retomadas, neste final de semana, nas unidades penais de regime fechado da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) em Mato Grosso do Sul. Para promover a conscientização sobre prevenção contra doenças infectocontagiosas como a Tuberculose, HIV e a Covid-19, estão sendo realizadas ações educativas juntos aos familiares.
O trabalho integra o projeto nacional denominado “Prisões Livres de Tuberculose”, idealizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e apoio técnico do Ministério da Saúde. As ações educativas se estendem aos custodiados, profissionais da saúde e servidores dos estabelecimentos penais.
Com a distribuição de materiais informativos, o foco da iniciativa é orientar sobre os sintomas e formas de tratamento das doenças, além de prevenir a proliferação, já que é de fácil transmissão. Com a pandemia do novo coronavírus, o tema também foi incluído no projeto, que já realiza campanhas de conscientização pelo segundo ano consecutivo no Estado.
Com o retorno das visitas nos presídios, após oito meses de suspensão como forma de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, também está sendo entregue o panfleto sobre as novas regras aos visitantes. O material foi idealizado pela Agepen, por meio do Comitê para Gestão e Acompanhamento das Medidas de Enfrentamento à Covid-19 da Instituição.
Diagnóstico
Atualmente, os custodiados em presídios de Mato Grosso do Sul que apresentam sintomas passam por triagem médica no próprio presídio, onde também é feita a coleta do escarro para os exames. Casos que necessitam de exames de raio-X são encaminhados para a rede SUS.
O Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário, na Capital, conta com estrutura necessária para realizar diagnóstico laboratorial da tuberculose em apenas duas horas, agilizando assim o tratamento dos pacientes suspeitos. O aparelho denominado GeneXpert foi fornecido à Agepen pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria Estadual de Saúde e passou a operar no ano passado.
Nos casos detectados, os internos infectados recebem atendimento na própria unidade prisional, sendo realizado rastreio em todos os companheiros de cela, bem como outros detentos de maior convívio, além de orientação a familiares para procurarem atendimento médico na rede básica de saúde.
Além disso, o mesmo ocorre em casos suspeitos do novo coronavírus, onde o isolamento preventivo acontece em ala específica dentro da própria unidade penal, e o atendimento médico e tratamento necessário é garantido. Desde o início da pandemia, os reeducandos passaram por triagem em massa para garantir diagnóstico precoce e maior efetividade no combate à proliferação da Covid-19.
A Agepen também trabalha no enfrentamento às doenças em conjunto com a Secretaria Estadual e municipais de Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), e FIOCRUZ/DEPEN/Ministério da Saúde, com rastreamento periódico, por meio de radiografia de tórax, exame de escarro e testes rápidos.
O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, reforça que são priorizadas ações de saúde preventivas dentro das unidades penais de Mato Grosso do Sul. “Temos buscado desenvolver estratégias que promovam a saúde e qualidade de vida dos reeducandos e servidores, para isso, contamos com inúmeras parcerias que colaboram de forma significativa”, enfatiza o dirigente.
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