Contador que desviou R$ 100 mil de dízimos já tinha aplicado golpe de meio milhão em Campo Grande

Associação de servidores federais também foi alvo do contador

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O contador denunciado à Justiça pelo MPMS (Ministério Público Estadual) por furtar a igreja onde trabalhava já havia sido preso anos antes pelo furto e outra empresa. Nesta, ele também era funcionário e foi acusado pelo crime de apropriação indébita por furtar mais de R$ 607 mil.

Em 2019, o contador foi denunciado pelo crime de apropriação indébita já que teria embolsado R$ 607.937 da Associação de Servidores Federais de Transportes. Ele trabalhou no local de 2014 a 2017, ano em que foi descoberto e preso. Ele fez uso de documentos falsos, na época.

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A segunda prisão do contador por furtar dízimo de fiéis da igreja de Campo Grande ocorreu em 6 de julho de 2021. Em depoimento durante a investigação deste crime, a esposa do contador contou à Polícia Civil que na primeira vez em que o marido foi levado para a cadeia, por furtar a antiga empresa em 2017, ela teria notado comportamento diferente dele.

Ela ainda contou que questionou o contador sobre os motivos pelos quais ele furtou a associação onde trabalhava e como resposta teve a declaração do marido de que “ foi um momento de fraqueza”. A mulher ainda falou que na segunda vez em que o marido foi preso não havia notado nada de diferente em seu comportamento e que não sabia sobre o crime, já que não tinha acesso as suas contas bancárias.

Na época, o contador revelou e depoimento que passou a fazer os furtos para melhorar a sua renda já que estava em uma situação financeira difícil.

No fim de junho deste ano, o contador foi denunciado pelo MPMS por furtos que cometeu em uma igreja da cidade. Conforme detalhado no relatório do inquérito policial, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, no dia do crime estavam na igreja o pastor, diretor jurídico e também a tesoureira, que questionaram o contador. Ele tentou negar o crime, mas as câmeras de segurança o flagraram furtando os envelopes com dinheiro.

Embolsou R$ 607 de planos de saúde de associados

Em relação ao crime cometido contra a Associação de Servidores Federais de Transportes, a denúncia revela que o contador era o responsável pelas finanças da entidade.

Revela-se dos autos que, o denunciado, à época dos fatos, era o administrador das finanças da Associação dos Servidores Federais em Transportes, e, tinha como outras atribuições receber os valores que eram pagos pelos associados ao plano de saúde. O diretor regional da associação, constatou que vários associados estavam em débitos com o plano de saúde, e então precisou utilizar um fundo da associação para cobrir as despesas com o pagamento das faturas dos planos de saúde.

Ainda foi descoberto que um dos associados não pagava havia vários meses a fatura do plano de saúde, oportunidade em que falou ao denunciado para entrar em contato com esses associados inadimplentes, para assinarem uma nota promissória com o valor da dívida, e efetuasse o pagamento nos meses posteriores.

Na época, o contador disse que estava em situação financeira difícil por isso havia se apropriado de alguns valores, mas que devolveria posteriormente. Mas, negou que havia se apropriado de mais de R$ 607 mil. 

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