Em Mato Grosso do Sul, o câncer de próstata matou 231 homens no ano de 2023. O levantamento feito pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), com dados do Ministério da Saúde, revela que a maioria das vítimas está na faixa etária dos 80 anos e mais. A nível nacional, a neoplasia maligna da próstata causou 17.093 mil óbitos, o que equivale a 47 mortes por dia.
Na região Centro-Oeste, no ano passado, o maior número de mortes ficou concentrado em Goiás com 551 registros. Em Mato Grosso, 295 homens morreram, enquanto no Distrito Federal foram 191.
Os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde indicaram que em Mato Grosso do Sul, das 231 vítimas da doença, 102 tinham 80 anos ou mais. A segunda categoria, por faixa etária, mais afetada foram os homens entre 70 a 79 anos. Ao todo, 86 morreram só em 2023.
Entre os homens de 60 a 69 anos, 35 mortes foram contabilizadas, enquanto oito entre 50 a 59 anos faleceram devido à neoplasia maligna da próstata.
Cirurgias - Divulgado nesta semana pela SBU, o estudo também traz o número de procedimentos feitos via SUS (Sistema Único de Saúde) para remoção da próstata. Ao todo, 18.315 prostatectomias em oncologia foram feitas no País entre janeiro de 2019 a agosto de 2024. Neste período, apenas 160 ocorreram no Estado.
Em relação à cirurgia prostatovesiculectomias radicais, que envolve a retirada da próstata, tecidos circundantes e vesículas seminais, as estatísticas são maiores. De 2019 a agosto de 2024, o SUS contabilizou 28.756 procedimentos do tipo, sendo que 136 homens em MS passaram pela cirurgia. Ou seja, nos últimos seis anos, o SUS realizou quase 50 mil cirurgias de retirada de próstata.
Conforme a SBU, o câncer de próstata é o segundo tumor mais incidente entre os homens excluindo dessa conta o de pele. O Inca (Instituto Nacional de Câncer) projeta que 71.730 novos casos da doença em 2024, ou seja, 196 por dia.
O grande aumento no número de casos é justificado devido ao aumento da expectativa de vida e o de mortes pelo diagnóstico tardio, comum em países de baixa renda. “No Brasil, muitos casos de câncer de próstata são diagnosticados em estágio avançado, quando o tratamento é apenas paliativo. O câncer de próstata é uma doença do envelhecimento masculino, então estar ciente do seu risco e diagnosticá-la de forma precoce é fundamental”, ressalta o presidente da SBU, Dr. Luiz Otávio Torres.
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