O Batalhão de Choque da Polícia Militar prendeu, nesta sexta-feira (05), quadrilha que pode ter ligação com o assassinato de quatro pessoas, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã. Uma das vítimas foi a filha do governador Ronald Acevedo, a estudante de Medicina Haylee Carolina Acevedo, de 21 anos.
Depois das execuções, a fronteira recebeu reforço policial e, nesta sexta-feira, durante diligências em Ponta Porã, os militares foram informados sobre a localização da quadrilha - ligada a pratica de pistolagem e recentes execuções na disputa de facções criminosas.
O grupo estaria em uma casa, no Bairro Vila Industrial, em Coronel Sapucaia, cidade que também faz fronteira com o Paraguai. A residência era utilizada pelos criminosos como "ponto de apoio" para esconder pessoas e guardar armamentos.
O Batalhão de Choque foi até o local e ao ver os policiais, os suspeitos fugiram pulando muros e invadindo outras residências. Foi realizado cerco e quatro homens acabaram presos: Delio Martinez, de 22 anos, Vitor Nunes, 21, Carlos Daniel, 18, e Thiago Ledesma, de 23 anos.
De acordo com a polícia, Thiago morava na casa "ponto de apoio" em Coronel Sapucaia e estava foragido da Justiça. Ao vistoriar a residência, foi localizada uma pistola G2 9mm, contendo 22 munições 9mm intactas e um carregador para 17 munições. Também foram apreendidos 5,8 quilos de maconha.
Presos por posse irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e associação criminosa, eles foram levados para a Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira ), em Dourados, devido ao grau de periculosidade.
Chacina - A quadrilha está diretamente ligada à prática de pistolagem por disputa de facções criminosas da região de fronteira. Também será apurado se o grupo está envolvido nas últimas execuções na região, inclusive, na chacina que vitimou a filha do governador de Amambay – departamento (equivalente a Estado) cuja capital é Pedro Juan Caballero.
Morreram também, o namorado dela Osmar Vicente Álvarez Grance, 29, o “Bebeto”, e as brasileiras Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, 18, e Kaline Reinoso de Oliveira, 22. Eles foram mortos com pelo menos 117 tiros por três pistoleiros, quando saíam de uma festa na madrugada de 9 de outubro.
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