Foi publicada nesta segunda-feira (15) a tabela com a nova remuneração dos professores convocados pelo governo estadual. Para a maioria, entrará em vigor o valor de R$ 4,1 mil, o que representa redução de 32,55% em relação ao piso regional, que é de R$ 6.079,00 e será mantido apenas para os concursados. Os valores entraram em vigor a partir de ontem.
Na semana passada, o governador Reinaldo Azambuja havia dito que os temporários ganhariam 10% acima do piso nacional fixado em R$ 2.557,74, o que representaria R$ 2.813,51 em remuneração.
Porém, essa faixa se aplica somente aos profissionais do Magistério, categoria quase extinta nos quadros do governo, cerca de 0,6% do total. O percentual também ficou abaixo do divulgado, aproximadamente 7% acima do piso nacional, sendo fixado em R$ 2.733,33.
A maioria, mais de 90%, segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Educação, terá piso de R$ 4,1 mil referente a 40 horas semanais de trabalho. Como os contratos firmados a partir de 2007 são majoritariamente de 20h semanais, a remuneração deve ser menor, porém, não há como especificar e cortar esse valor pela metade, pois os docentes têm acrescidos aos salários alguns aportes, como hora complementar, adicional em função da graduação, por exemplo, o que deve fazer diferença na conta final.
Conforme a tabela, para graduação sem licenciatura a remuneração será de R$ 3.690,00; docentes com especialização, R$ 4.373,27 e para os que tem Mestrado/Doutorado, R$ 4.510,00.
Em entrevista na semana passada, a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, ela justificou que o projeto do governo precisava ser aprovado para garantir a folha. “Ou não paga ou faz redução, é matemática pura”.
O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação em MS), Jaime Teixeira, disse que a entidade deve protocolar recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a lei que alterou os salários dos professores convocados. Atualmente, o governo do Estado tem 11 mil contratados e oito mil concursados.
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