Transição para outono promete chuvas irregulares e altas temperaturas em MS

Previsão preocupa e contribuiu para antecipar decreto de emergência para incêndios florestais

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Marcado por chuvas irregulares entre municípios e temperaturas até maiores que 40ºC em Mato Grosso do Sul, o verão está perto de se despedir. O outono ficará em seu lugar a partir de 20 de março.

A tendência para esta transição e o início da nova estação, é a continuidade das condições climáticas atuais, segundo o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado, Vinícius Sperling.

Além de mal distribuídas, as chuvas podem somar acumulados abaixo do normal, considerando o que é esperado historicamente entre os meses de março a maio.

"Essas condições se explicam pela influencia indireta da La Ñina e de menos ZCAS, as Zonas de Convergência do Atlântico Sul, chegando a Mato Grosso do Sul", explica.

Podem sofrer mais com a falta de chuvas o bioma Pantanal e cidades como Ponta Porã, Dourados, Porto Murtinho e Corumbá.

Em janeiro deste ano, apenas Campo Grande e São Gabriel do Oeste atingiram e superaram significativamente a chuva esperada. Os dados de fevereiro ainda não foram fechados.

Calor - Com relação às temperaturas, elas também devem sair da curva esperada.

Todos os municípios, especialmente aqueles onde houver mais dias sem chuvas e nuvens, podem registrar temperaturas médias acima do normal até o outono chegar e após ele, segundo Vinícius.

Em janeiro, Porto Murtinho foi a cidade mais quente do Estado: 41,8ºC foram registrados no dia 14, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Em Campo Grande, a temperatura mais alta registrada em fevereiro, até o dia 26, foi de 35,1ºC. O dado é do Cemtec.

Pantanal - As previsões climáticas para os próximos meses levaram ao decreto de Estado de Emergência Ambiental em Riscos de Incêndios Florestais pelo Governo Federal, nesta sexta-feira (28).

A área que mais preocupa é o Pantanal, considerando o déficit de chuvas que deixa o bioma vulnerável a incêndios de grandes proporções. Além de fauna e flora, ele abriga comunidades ribeirinhas e indígenas, que podem ficar em risco.

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