Carretas carregadas apreendidas de cigarro que são atribuídas a quadrilha que teve integrantes condenados pela Justiça Federal.
Réus por comandar uma das quadrilhas da máfia do cigarro contrabandeado na região fronteiça ao Paraguai, foram sentenciados pela Justiça Federal nesta segunda-feira (2) Angelo Guimarães Ballerini, o “Alemão”, e Valdenir Pereir dos Santos, mais conhecido como “Perna”, a pena de 50 anos de reclusão e mais 1 ano de detenção. As duas penas são diferentes porque a primeira começa em regime fechado e a outra é em semiaberto.
Responsável pela sentença, o juiz Ricardo William Carvalho dos, de Naviraí. As condenações são resultados da Operação Teçá, desenvolvida pela Polícia Federal em setembro do ano passado, quando os dois foram presos, em meio ao cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal.
Conforme divulgado pela Justiça Federal, “Alemão” e Perna foram condenados 14 vezes pelo crime de contrabando.
A investigação - Em agosto do ano passado, o Ricardo Carvalho determinou a deflagração da operação Teçá, com expedição de 40 mandados de prisão preventiva e mais de ordens de busca e apreensão. Um policial rodoviário federal foi preso, suspeito de facilitar a passagem de carga.
Em Mato Grosso do Sul, as ações ocorreram em Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Amambai, Iguatemi, São Gabriel do Oeste e Rio Brilhante. Os outros alvos foram alvos eram de Maringá e Umuarama, no interior do Paraná, e em Mossoró (RN).
Iniciadas em 2018 os levantamentos policiais apontaram que a quadrilha tem núcleo no Estado e enviava contrabando, notadamente cigarros fabricados no Paraguai, para outras localidades do País.
Valores milionários - De acordo com a Polícia Federal, durante as apurações, foram apreendidos R$ 144 milhões em contrabando, 155 veículos usados para transportar os cigarros ilegais e 75 pessoas foram presas.
Em junho de 2018, 11 carretas carregadas de cigarros foram apreendidas em Ivinhema, quando 9 foram motoristas em flagrante. Contabilizou-se, na ocasião, 1 milhão de maços de cigarros, avaliados, juntamente dos veículos apreendidos, em R$ 10 milhões.
Teçá, em guarani, quer dizer “estado de atenção”, uma referência à rede de olheiros e batedores que integravam o esquema investigado.
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