Uma mulher ficou cega após esperar sete anos por uma cirurgia de urgência no olho que nunca foi realizada, na cidade de Angélica. Após denúncia do caso, a Promotoria do Município decidiu fiscalizar os atendimentos de saúde.
Conforme denúncia, feita em 2024, a vítima fez uma cirurgia nos olhos para retirar a catarata em Três Lagoas há pouco mais de 9 anos. Um ano depois, ela perdeu a visão do olho esquerdo. Porém, ao procurar os serviços de saúde em Angélica, a equipe agendou uma consulta em Fátima do Sul.
Na ocasião, o médico identificou uma pressão na visão e deu um encaminhamento para a cirurgia de reparação no olho esquerdo. O documento ficou na Saúde Municipal em Angélica, mas sete anos depois, o procedimento não aconteceu.
Cirurgia de urgência nunca aconteceu
Ano passado, ainda sem a visão do olho esquerdo, a mulher perdeu também a do olho direito. A paciente consultou um médico em Dourados, que informou que ela teria que fazer uma cirurgia de urgência para que não perdesse a visão do olho direito definitivamente, assim como a do outro olho.
Depois desse caso, a Promotoria de Angélica entrou no assunto e abriu Procedimento Administrativo para acompanhar e fiscalizar a prestação dos serviços públicos de saúde, “notadamente no atendimento das demandas de sua população por consultas médicas, realização de exames e cirurgias, em especial aquelas de caráter urgente”.
A reportagem procurou a Prefeitura de Angélica questionando sobre a demora no encaminhamento da paciente para a cirurgia, mas até esta publicação não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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