No Mês do Consumidor, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) elencou os golpes mais comuns e trouxe orientações para as pessoas se protegerem. Confira abaixo explicações sobre como funciona cada um deles e o que fazer para não sair no prejuízo.
Golpe do WhatsApp - O WhatsApp é um dos aplicativos mais populares do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários ativos, e muitos golpistas se aproveitam desse grande número de pessoas para aplicar golpes financeiros.
De acordo com o Idec, um dos golpes mais comuns é o roubo de contas, em que o golpista entra em contato com a vítima, pede que ela confirme um código enviado por SMS e, assim, consegue acesso à sua conta no WhatsApp. A partir daí, o criminoso pode usar o aplicativo para pedir dinheiro a contatos da vítima.
Para se proteger, é importante desconfiar de contatos que pedem informações pessoais, códigos de autenticação ou transferências financeiras. Se receber uma mensagem suspeita, é importante confirmar a identidade da pessoa por meio de uma ligação ou mensagem de voz. É importante lembrar que empresas como OLX e Mercado Livre não costumam fazer ligações para pedir códigos de confirmação, reforça o instituto.
Caso seja vítima de um golpe, é importante avisar seus amigos e familiares para que eles não caiam na mesma armadilha. Além disso, tente recuperar sua conta no WhatsApp desconectando o golpista por meio da confirmação do novo código enviado por SMS. Se os criminosos tiverem ativado a “confirmação em duas etapas”, no entanto, a conta só poderá ser recuperada após sete dias.
Se tiver feito uma transação financeira, o ideal é entrar em contato com o banco da conta de destino para tentar cancelar a transação e evitar futuras fraudes. É importante reunir documentos de comprovantes de pagamento e fazer um Boletim de Ocorrência.
Golpe do telefone - O golpe do telefone é um dos mais clássicos entre os que acontecem atualmente no país. Ele é um pouco mais antigo do que outros, mas sempre sofre algum tipo de atualização por parte dos criminosos, que acabam no mesmo lugar: pedir dinheiro para a vítima.
São variadas as formas desse golpe acontecer, mas na maior parte delas, o golpista aproveita a fragilidade e medo da vítima para conseguir extrair informações que possam parecer que é real o parentesco entre ela e o golpista.
Normalmente, o golpista se passa por alguma pessoa. Exemplo: “Oi, mãe. Como você tá?”. Caso a pessoa não desconfie da voz e a conversa flua, chegará um momento em que o golpista indicará que necessita de um valor em dinheiro que precisa ser pago urgentemente.
O golpista é insistente e pode tentar convencer a vítima com outros argumentos caso ela negue o depósito. Nesse caso, a recomendação é desligar o telefone e ligar para o parente que o golpista finge ser, a fim de verificar se é um golpe.
O Idec recomenda que a vítima não transfira dinheiro para pessoas sem ter certeza de sua identidade, especialmente se suspeitar de um golpe.
Golpe do SMS - A sigla SMS remete à mensagem de celular, que era bastante usada antes da chegada do Whatsapp e outros aplicativos de mensagens. No entanto, até hoje essa tecnologia é utilizada por empresas, como redes sociais e bancos, para poder enviar códigos e senhas de segurança. Por isso, o golpe do SMS ainda é recorrente.
De acordo com o Idec, atualmente o golpe mais comum é focado em conseguir o código de validação de aplicativos de mensagem e bancários. Primeiramente, o golpista se passa por um atendente de uma empresa e pede que a vítima forneça o código recebido via SMS. Com isso, ele consegue ter acesso à conta da vítima, invadir sua privacidade, fazer transferências bancárias, solicitar empréstimos e até mesmo se passar por ela para enganar outras pessoas.
Para evitar cair nesse golpe, a principal recomendação é nunca fornecer o código recebido por SMS ou por qualquer outro meio para terceiros, nem mesmo para familiares. Caso alguém ligue solicitando acesso ao código, desconfie e desligue o telefone. Caso precise de ajuda para utilizar o código, peça ajuda pessoalmente a alguém de extrema confiança.
Caso a vítima caia no golpe, é importante informar o banco imediatamente para bloquear a conta e o cartão de crédito, além de cancelar todas as operações realizadas após o horário da fraude. É importante também bloquear a conta do WhatsApp e informar a todos os seus contatos que sua conta foi fraudada.
Golpe da entrega - Nessa modalidade de gole, um “entregador” chega na sua casa com uma cesta de chocolate, buquê de flores ou outro produto que você não pediu, mas diz ser um presente. Para isso, você só precisa pagar a entrega com um cartão.
Nesses casos, a maquininha utilizada está fraudada e passa um valor bem acima do que o golpista sugeriu de pagamento da taxa de entrega. Para evitar cair nesse golpe, jamais receba um produto que não é seu ou que você não pediu. Se for realmente um presente, quem fez o pedido é quem paga a entrega.
No máximo, pague apenas em dinheiro físico, não use sequer o Pix, muito menos o cartão para isso. Se o entregador negar o pagamento por dinheiro físico, é a prova de que é um golpe. Recuse o presente e avise a polícia.
Caso seja vítima do golpe, entre imediatamente em contato com o seu banco para bloquear seu cartão e contestar a operação. É preciso também entrar em contato com o serviço de atendimento ao consumidor do aplicativo para denunciar o entregador dentro do aplicativo.
Golpe do cartão por aproximação - O cartão por aproximação é uma tecnologia que tem sido muito utilizada pelos consumidores para facilitar suas compras em lojas físicas. Durante a pandemia, a popularidade do cartão cresceu ainda mais, já que muitas pessoas evitavam tocar em objetos para se proteger do coronavírus.
Entretanto, a facilidade proporcionada pelo cartão por aproximação também o tornou muito querido pelos golpistas. Eles podem simplesmente aproximar uma máquina de cartão do seu bolso e fazer uma compra em seu nome sem que você perceba. Esse tipo de golpe é comum em locais muito cheios, como em shows, metrôs e eventos como o Carnaval.
Para se proteger contra o golpe do cartão por aproximação, é preciso tomar algumas precauções. A forma mais simples é bloquear a tecnologia de pagamento por aproximação em seu cartão. No entanto, se você deseja continuar usando essa facilidade, é importante, no mínimo, exigir a senha para qualquer valor de compra.
Alguns cartões permitem que você desabilite e habilite a função de aproximação quando quiser, o que é especialmente útil em locais com grande aglomeração. Além disso, existem carteiras e bolsas que utilizam um sistema chamado RFID (Identificação por Radiofrequência), que bloqueia o acesso do cartão pela máquina de pagamento e impede esse tipo de golpe.
A recomendação da Idec é sempre exigir senha para qualquer valor de compra e estar atento aos seus extratos para identificar possíveis transações fraudulentas. Com essas precauções, é possível evitar que os golpistas utilizem essa tecnologia para aplicar golpes em você.
Golpe do atendente de banco - O golpe do atendente de banco é antigo, mas ainda pega muitas pessoas desprevenidas. Nessa modalidade, um golpista entra em contato por telefone fingindo ser um atendente bancário. Ele compartilha várias informações sobre sua conta bancária, construindo sua confiança, e então solicita um pagamento via Pix para confirmar se alguma operação fraudulenta foi realizada em seu nome.
Nesses casos, é importante lembrar que bancos não entram em contato para pedir dados. Caso suspeite do golpe, o Idec recomenda que a vítima dirija-se a sua agência bancária e confirme com o seu gerente se há alguma irregularidade.
Credito: Campo Grande News
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