Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) aprovou, na terça-feira (16/12), o calendário fixo de pagamento do abono salarial a partir de 2026. Os depósitos começam em 15 de fevereiro e seguem até 15 de agosto, conforme o mês de nascimento do trabalhador. A regra vale para empregados da iniciativa privada e servidores públicos em todo o país.

O abono atende quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2024, que é o ano-base do benefício. O trabalhador precisa ter cadastro no programa há, no mínimo, cinco anos e renda média mensal de até dois salários mínimos no período. O PIS (Programa de Integração Social) paga trabalhadores do setor privado, e o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) contempla servidores públicos.

O valor do abono depende do tempo de trabalho ao longo do ano-base. O cálculo considera o salário mínimo dividido por 12 e multiplicado pelos meses trabalhados. Em 2026, o pagamento varia de R$ 135,08 a R$ 1.621.

Segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), cerca de 26,9 milhões de pessoas terão direito ao benefício em 2026. O total de recursos previstos chega a R$ 33,5 bilhões. A Caixa Econômica Federal paga o PIS, e o Banco do Brasil libera o Pasep.

A partir de 2026, o limite de renda para receber o abono deixa de acompanhar o salário mínimo. O valor passa a ser corrigido apenas pela inflação do ano anterior. A mudança busca reduzir gastos e concentrar o benefício em quem tem menor renda.

A consulta sobre direito ao abono, data e valor do pagamento começa em 5 de fevereiro. O trabalhador pode acessar as informações pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, pelo portal gov.br ou pelo telefone 158 do MTE. O saque do benefício de 2026 fica disponível até 30 de dezembro.