Comerciante de 40 anos teve a liberdade provisória concedida, nesta quinta-feira (7), com a proibição de contato físico com as filhas gêmeas de 7 anos, após ser acusado de agredi-las em sua residência no Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande. A medida foi determinada em audiência de custódia realizada nesta manhã.

A denúncia foi registrada depois que uma das meninas ligou para a mãe, por volta das 18h do dia 6 de agosto, usando o telefone da avó paterna, para relatar que havia sido agredida pelo pai. Segundo a criança, ela e a irmã brincavam com cartelas de remédios no chão quando o homem, irritado, a levantou com força e a jogou no chão, provocando ferimentos.

A mãe, que tem a guarda unilateral das gêmeas e que reside com as filhas em Santo André (SP), afirmou que as meninas estavam na casa da avó paterna desde o dia 3 de agosto, acompanhadas do pai, quando os fatos ocorreram. Após receber a ligação da filha, a mulher foi até a casa do pai e confirmou as lesões.

A menina foi encaminhada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino às 23h43. No exame, foram identificados hematomas na região parietal direita e no supercílio esquerdo, além de lesões cortantes nos lábios e arranhaduras no braço esquerdo.

A Polícia Militar foi acionada pela equipe de enfermagem da UPA por volta da 1h de ontem para atender à ocorrência de maus-tratos. Ao chegar à casa do suspeito no Carandá Bosque, os policiais encontraram o homem, que não resistiu à prisão.

Durante depoimento, o pai disse que as meninas chegaram no último domingo para passar o Dia dos Pais com ele e que, no dia dos fatos, se deitou após o almoço, enquanto as filhas ficaram brincando. Ao acordar, viu que elas estavam bagunçando e, como a avó das crianças é muito sistemática, chamou a atenção delas.

Ainda conforme relatado por ele, a menina respondeu e se sentou no chão. Ele então a puxou pelo braço, momento em que ela escorregou e caiu. A criança ficou com um pequeno galo, mas não reclamou de nada. Logo depois, a mãe das meninas chegou e saiu com elas para tomar sorvete.

Durante a audiência de custódia, ficou definido que o pai poderá manter contato apenas por meios não presenciais, como telefone ou videochamadas, ficando suspensas as visitas presenciais até decisão judicial definitiva.