PF faz operção contra policiais que aparecem em lista da propina de cigarreiros

Mandados estão sendo cumpridos em 5 municípios de MS; policiais facilitavam ação de contrabandistas da Máfia do Cigarro

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Primeira fase da operação foi desencadeada em 2018. Foto: (Osvaldo Duarte)

O pagamento de propina a núcleo de policiais civis de Mato Grosso do Sul desencadeou a 4ª fase da Operação Nepsis da Polícia Federal, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil de MS. Hoje, são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em cinco municípios. A suspeita é de pagamentos para facilitar o contrabando de quadrilheiros da Máfia do Cigarro.

Sete servidores da Polícia Civil foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição de valores realizados pela Máfia dos Cigarros para a facilitação do contrabando, sendo que cinco deles tiveram a suspensão da função pública decretada cautelarmente pelo juízo. Os outros dois já são aposentados.

Equipe formada por 60 policiais cumpre mandados em Amambai, Iguatemi, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã, todos expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã. Esta 4ª fase foi denominada “Arithmoi”, o que significa “números” em grego e remete à contabilização de vantagens indevidas encontradas nas listas de pagamento.

A apuração começou com a identificação de listas de contabilidade contendo registros de pagamento a esses servidores na região do Conesul. A relação estava em documentos e celulares apreendidos de membros dos quadrilheiros, alvos da 1ª fase da Operação Nepsis, deflagrada em 22 de setembro de 2018.

O grupo criminoso investigado na Operação Nepsis formo um consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai, sustentada por dois pilares: sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais para facilitar o esquema criminoso.

Credito: Campo Grande News

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