No Dia Mundial de Combate ao Câncer, torna-se importante lembrar que, para Mato Grosso do Sul, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê uma incidência de 9.850 casos de câncer até 2025. Álcool e cigarro estão no topo dos fatores de risco, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda segundo dados da OMS, mais de 10 milhões de pessoas morrem, anualmente, em decorrência de diferentes tumores malignos.
No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estima que 40% dos casos poderiam ser prevenidos evitando fatores de risco, como o consumo de álcool e cigarro.
Em Campo Grande, conforme divulgado pela prefeitura de Campo Grande, apenas em 2022, foram diagnosticados 1.839 novos casos de câncer e registrados 1.075 óbitos provocados pela doença.
Os dados do INCA indicam, sobretudo, que na região centro-oeste, o câncer de próstata, com risco estimado de 61,60/ 100 mil, representa o tipo da doença que mais incide sobre a população, seguido do de mama feminina (57,28/ 100 mil) e do câncer colorretal (17,08/100 mil).
No Brasil, o instituto pontua o tumor maligno de pele não melanoma como o mais incidente, representando 31,3% do total de casos.
Em sequência, vem os casos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Segundo o médico nutrólogo, o secretário municipal de Saúde Dr. Sandro Benites, uma alimentação saudável é fundamental na prevenção do câncer.
“Por isso, prefira uma alimentação de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, entre outros e evite os alimentos ultra-apressados, como bebidas adoçadas ou para aquecer. Vamos nos cuidar e ter mais qualidade de vida e saúde”, destaca.
O médico ressalta, sobretudo, que a alimentação inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no país.
Tal índice ainda é considerado alarmante para INCA, com 35% das mortes ocasionadas por este motivo.
“Fica evidente que ações de prevenção do câncer, em especial promoção da atividade física, alimentação saudável podem ser extremamente eficazes não somente para tornar a vida das pessoas mais saudável como para diminuir os gastos do SUS em oncologia”, complementa o secretário.
Causas
O tabagismo, que ocupa o topo da lista dos fatores de risco, é considerado uma doença crônica, causada pela dependência da nicotina, conforme apontado pela OMS.
O problema, que integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou de neurodesenvolvimento, em razão do uso da substância psicoativa, é maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.
De acordo Inca, o consumo de bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, também aumenta o risco de desenvolver câncer de boca, faringe, laringe (cordas vocais), esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama.
Além disso, quando associadas ao tabagismo, a possibilidade do surgimento de um tumor maligno se eleva, aponta o instituto.
Prevenção
Além de alguns dos cuidados já destacados nesta reportagem, lembramos que, do dia 06 a 10 de fevereiro, as 74 unidades básicas e de saúde da família de Campo Grande desenvolverão atividades de educação em saúde.
Tais ações cumprirão o objetivo de compartilhar informações sobre a contribuição da alimentação saudável e prática de atividade física na prevenção de diversos tipos de câncer.
Conforme a prefeitura, os profissionais de saúde da atenção primária dos distritos sanitários e unidades também irão participar de capacitações sobre o tema, com o objetivo dar um melhor atendimento à população.
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