Eclipse anular do Sol poderá ser visto nesta quarta-feira em MS a partir das 16h

Na tarde desta quarta-feira será possível observar no Brasil, caso haja condições atmosféricas favoráveis, um Eclipse Anular do Sol

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Em Mato Grosso do Sul, o início da observação se dará às 15h46 e se estende até as 17h26, aproximadamente. Este eclipse será visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo oceano Pacífico. Projeção do eclipse que poderá ser observado em Campo Grande (Foto/Reprodução/Time and Date)

Na tarde desta quarta-feira (2) será possível observar no Brasil, caso haja condições atmosféricas favoráveis, um Eclipse Anular do Sol. Em Mato Grosso do Sul, o início da observação se dará às 15h46 e se estende até as 17h26, aproximadamente.

Este eclipse será visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo oceano Pacífico, oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina. No Brasil será visível na parte sul das regiões sudeste e centro-oeste e toda a região sul. Quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada.

Segundo o estudante de engenharia física, Vinícius Pavão, do Clube Kepler de Astronomia e Ciências Afins, o fenômeno também será visível em Campo Grande, iniciando às 15h59 e seguindo até às 17h14, atingindo o máximo às 16h38.

“Aqui na cidade o eclipse ocorrerá de forma parcial, e a Lua encobrirá apenas 11,4% do disco solar em seu máximo”, explicou.

Ele ressaltou, porém, que “não é seguro olhar diretamente o eclipse durante longos períodos, pois há grande risco de danos à visão, em função da exposição prolongada dos olhos ao brilho solar”.

Para aqueles que pretendem observar o eclipse, é importante estar em um local com vista desimpedida para o oeste, uma vez que o evento ocorrerá próximo ao pôr do sol. Além disso, não se deve olhar diretamente para o Sol, mas fazer uso de equipamentos de proteção.

Segundo Pavão, para quem possui telescópio ou binóculo, a melhor forma de se observar é utilizando um anteparo para projetar a imagem do disco solar. “Assim como fizemos na observação do eclipse solar do ano passado”, destacou.

A opinião é compartilhada por Henrique Arcuri, do Clube de Astronomia Carl Sagan, que destaca ainda que o brilho do Sol estará quase em sua normalidade, já que a cidade está no final da zona onde o eclipse será visível.

“O brilho do Sol estará quase na normalidade, acima dos padrões máximos para observação com nossos filtros, por isso, não recomendamos fazer a observação do eclipse daqui de Campo Grande”, afirmou.

Eclipse anular cria ‘anel de fogo’

Tanto no eclipse total quanto no anular a lua se alinha entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.

O fenômeno ‘Anular’ ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, o que faz com que a sombra da Lua não cubra totalmente o Sol, mesmo o satélite estando muito mais próximo da Terra do que o Sol, o que faz aparecer o chamado “anel de fogo” no céu.

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