Jovem de Anhanduí diz que enterrou bebê já morta e não sabia que estava grávida após estupro

Ela contou na delegacia que, em novembro de 2024, foi estuprada

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Local onde o feto estava enterrado. (Foto: Helder Carvalho)

A jovem de 22 anos que enterrou o bebê no quintal de casa, em Anhanduí, distrito de Campo Grande, contou na delegacia ter ficado assustada quando a criança nasceu, já que não desconfiava estar grávida. O caso ocorreu no dia 28 deste mês. Ela chegou a ser levada para a delegacia.

Na delegacia, ela contou que foi estuprada em novembro de 2024, em Ribas do Rio Pardo, quando trabalhava de faxineira e cozinheira em uma casa noturna. Conforme o relato, em certo dia, ela estava limpando um quarto e o autor entrou, trancou a porta e a estuprou.

Ele ainda teria ameaçado ela, caso contasse algo para alguém ou procurasse a polícia. Já no dia 1º de agosto, a jovem estava sozinha em casa quando sentiu fortes dores por volta das 6 horas da manhã. Nisto, a bebê, uma menina, nasceu.

Segundo ela, a bebê não respirava nem tinha batimentos cardíacos. Ela ainda revelou que, como estava acima do peso, não desconfiou da gravidez, já que não teve enjoos nem sentiu a bebê mexer. Após o nascimento, ela ainda ficou com a bebê no colo. A jovem disse ter ficado assustada.

Como a criança estava sem batimentos cardíacos, resolveu enrolá-la em um cobertor e enterrar o corpo no quintal de casa. Ela procurou ajuda após passar mal.

Investigação

A Polícia Civil irá investigar se a jovem de 22 anos enterrou o bebê ainda com vida, em Anhanduí, distrito de Campo Grande. Na delegacia, na tarde do dia 28 de agosto, ela mudou a versão apresentada inicialmente na USF (Unidade de Saúde da Família) do distrito.

No postinho, a jovem relatou que enterrou o feto, de aproximadamente 39 semanas, ou seja, oito meses. Isso porque, no dia 1º de agosto, entrou em trabalho de parto, mas a criança já nasceu sem os sinais vitais.

Entretanto, durante o primeiro depoimento na delegacia, a jovem confessou que não sabia que estava grávida. Assim, mudou a versão inicialmente apresentada para os funcionários do posto e a GCM (Guarda Civil Metropolitana).

“Ela foi até a Unidade de Saúde. A servidora indagou da gestação, ela confessou que sofreu aborto e enterrou o feto”, disse o delegado Leonardo Balerini.

O feto — já formado — foi encontrado enterrado em uma casa que está em construção e estava enrolado em um lençol e com o cordão umbilical. Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, a jovem poderá responder por aborto provocado e ocultação de cadáver, mas tudo dependerá do exame necroscópico do bebê.

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